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Tunas no espaço da imigração portuguesa

A partir das últimas décadas do século XIX e até meados do século seguinte as tunas multiplicaram-se em núcleos urbanos e rurais, de forma transversal a todo o território português e, inclusive, no espaço lusófono, nomeadamente no Brasil, em Angola, em Macau e em Goa.

No que respeita ao Brasil foram encontrados dados sobre a Tuna Luso Caixeiral, fundada em Pará em 1903 e posteriormente renomeada Tuna Luso Comercial em 1926 e Tuna Luso Brasileira em 1968 (Carvalho 2013, 364); a Tuna da União Sportiva de Manaus, ativa em 1918 (Ilustração Portuguesa de 16 de Dezembro de 1918, 494) e a Tuna do Orfeão Português do Brasil no Rio de Janeiro, ativa em 1923 (idem, 5 de Maio de 1923). Em Angola existiu a Tuna Luso-Africana de Luanda (idem, 8 de Dezembro de 1923, 786). Coelho et. al. apresentam dados sobre tunas em Macau, nomeadamente a Tuna Macaense, fundada em 1935, e a Tuna Camélia, ativa nesse mesmo ano (Coelho et. al. 2012, 245) e em Goa, designadamente a Tuna do Liceu Nacional Afonso de Albuquerque, ativa no ano letivo 1954-55 (idem, 248). No decurso da pesquisa foi também documentado um grupo com as características de uma tuna nos Estados Unidos da América, vinculado ao Club Republicano Português de New Belford (Ilustração Portuguesa de 11 de Janeiro de 1916, 92).

Referências:
Carvalho, Marcos A. 2013. “Associativismo luso nas terras das mangueiras: o Grêmio Literário Português e a Tuna Luso Caixeiral”. In De colonos a imigrantes: i(e)migração portuguesa para o Brasil, org. Arruda, José Jobson et. al.), 339-350. São Paulo: Alameda.
Coelho, Eduardo, Silva, Jean-Pierre, Sousa, João Paulo e Tavares, Ricardo. 2012. QVID TVNAE? A Tuna Estudantil em Portugal. Porto, Viseu e Lisboa: CoSaGaPe.

Publicações periódicas:
Ilustração Portuguesa

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