Por que razão a música é tão praticada em Palmela?

Esta foi uma questão muito presente na nossa investigação em concelhos vizinhos, quando nos deparávamos com gaiteiros de círios em Alcochete, ou acordeonistas de baile no Montijo, oriundos do concelho de Palmela. A oportunidade de conhecer quem e de que modo faz música em Palmela surgiu com o projeto “A nossa música, o nosso mundo: Associações musicais, bandas filarmónicas e comunidades locais (1880-2018)”, cofinanciado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e com o convite para colaborar na candidatura de Palmela a Cidade Criativa da Música da UNESCO. Esta colaboração levou-nos ao encontro das pessoas, à experiência das práticas musicais coletivas e à perceção de um ecossistema cuja sustentabilidade assenta em cinco pilares principais: os ambientes da memória social local, as dinâmicas de participação e criação musical, os atos de transmissão do saber fazer música, os lugares e estruturas da música e os meios de divulgação e indústrias da música. Embora esteja ainda em construção, este site já é revelador da multiplicidade de processos musicais, desde a expressiva participação individual e coletiva no fazer musical, aos contextos da música, aos valores subjacentes às práticas musicais e às atitudes que guiam e atualizam as múltiplas direções da música em Palmela. Neste projeto colaboraram diferentes investigadores, desde académicos a eruditos locais, técnicos e agentes das políticas locais, aos protagonistas das histórias que fizeram e fazem a música em Palmela. Para a produção deste website foram convocadas pessoas de diferentes gerações, entre as quais pessoas 'aposentadas' da atividade laboral, mas ativas na rememoração e produção de conhecimento sobre a vida musical local.

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Ambientes da memória social e local

Ao longo de décadas, grupos sociais ligados a confrarias religiosas ou associações locais ocupam o espaço público para rememorar, transmitir e atualizar valores coletivos e práticas sociais, através de rituais em que o passado está em constante transformação. Face-a-face, ano após ano, cantam e tocam música, partilham conhecimentos e experienciam afetivamente a memória social.

Os círios

Os círios são confrarias ou associações de romeiros que no concelho de Palmela mantêm os seus gaiteiros ou cavalinhos nas atividades rituais dos círios em torno da romaria a Nossa Senhora da Atalaia (no último fim de semana de agosto, no Montijo) e da romaria a Nossa Senhora do Cabo Espichel (no dia 15 de agosto em Sesimbra). Enquanto que os gaiteiros são grupos constituídos por gaita de foles e caixa de rufo, aos quais se podem juntar mais instrumentos, como, por exemplo, o clarinete e o bombo, os cavalinhos são grupos de músicos das bandas civis locais, com cerca de oito a dez instrumentos de sopro e uma caixa de rufo, incluindo por vezes um bombo.

A queima do Judas

Os bailes

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Dinâmicas de participação e criação musical

Em Palmela, as fronteiras entre profissionais e amadores, ou entre músicos e audiências, é porosa e baseia-se em parcerias e gestão colaborativa. A relação funcional que as associações e coletividades mantêm com a vida social local pode explicar o expressivo número de pessoas comprometidas com a prática musical. Esta relação gera uma atividade musical regular, em torno de ensaios semanais, apresentações públicas e, inclusive, criação musical. Se a frequência do ensino superior obriga os jovens a saírem para fora do concelho, o apreço pela participação num grupo musical justifica que regressem semanalmente para se reencontrarem nos ensaios e nas apresentações públicas. A música faz-se face-a-face, tanto em espaços fechados de consumo e lazer como na rua, o espaço público integrador da diferença e potenciador de experiências relacionais plurais.

Bandas filarmónicas e orquestras de sopro

As seculares sociedades filarmónicas são um eixo da sustentabilidade cultural local assegurando a prática e a educação musical, a composição de novas músicas, o reconhecimento dos seus autores e a construção sónica do lugar social onde decorrem as festividades e outros acontecimentos supra-quotidianos, num compromisso com a comunidade local e a sua cultura.

A vida social pública tem nas bandas um dos principais ícones, nomeadamente porque é a sua sonoridade que reiteradamente marca e define o espaço de festas que ocorrem nas ruas. Estas sociedades instituíram localmente uma realidade musical transnacional, com os seus hábitos sociais, valores e códigos de comunicação, gerando oportunidades de criação e participação musical fora das fronteiras da localidade onde estão sediadas. Paralelamente, ao longo de sucessivas gerações muniram os seus jovens músicos de competências musicais que lhes permitiram organizar-se individualmente ou em pequenos conjuntos instrumentais, por vezes com vocalista, para interpretar repertórios em voga difundidos pelos meios de comunicação e auferir prestígio e recursos económicos suplementares.

Folclore caramelo, cante alentejano e ranchos folclóricos

Pela ação dos grupos folclóricos e dos grupos de cante alentejano as tradições musicais que sucessivas vagas de migrantes transportaram consigo são um elemento central na sua integração social em Palmela, seja com a afirmação da identidade caramela, ou alentejana. Estes repertórios são um recurso valioso no campo cultural, gerando riqueza e desenvolvimento económico para a sociedade local e afetando o bem-estar individual e coletivo.

Coros amadores

O canto polifónico amador está instituído no associativismo musical, tendo particular expressão nas principais sociedades filarmónicas de Palmela e nas associações de terceira idade. Corresponde a uma estética coral transnacional, que ganha expressão local em grupos mistos organizados em três, quatro ou mais naipes, sob a direção de um maestro. Estas pessoas cantam regularmente, seja em privado, ao longo de repetidos ensaios, ou publicamente, em performances perante audiências.

Os bombos e a gaita de foles

Os músicos de Bardoada - O Grupo do Sarrafo têm uma expressiva participação nos acontecimentos culturais que definem a vida social pública local: são suficientemente versáteis para representar ambientes históricos (organizando-se em pequenos grupos que tocam na feira medieval), para assinalar festividades cíclicas (criando grandiosos espetáculos de rua no Carnaval), para reforçar a experiência religiosa (quando integram os grupos de gaiteiros dos círios locais), para assinalar o espaço das festas (com as suas arruadas), para justificar a realização de iniciativas locais como o FIG (Festival Internacional de Gigantones). O alcance acústico dos seus instrumentos projeta a paisagem sonora das festas em que participam para lá da sua circunscrição oficial, gerando uma atmosfera relacional que impele as pessoas a sair de casa e a participar nesse coletivo.

Grupos de pop/rock

Historicamente, os jovens têm gerado dinâmicas na música local. O estudo dos seus percursos individuais revela uma ligação embrionária às associações musicais locais: um número muito expressivo começou a aprender música nesse contexto, com particular contributo das bandas filarmónicas e mais recentemente da Orquestra Nova de Guitarras. Ao longo do século XX e XXI, estes grupos de jovens músicos tiveram diferentes constituições instrumentais e repertórios, de acordo com tendências transnacionais da música mediada pelos meios de comunicação de massas e pelas indústrias da música. Nos últimos anos, iniciativas como o Concurso de Bandas Amadoras de Palmela – Warm up, organizado pelo município de Palmela, têm estimulado a atividade destes grupos.

Fado

O fado é uma prática musical e poética urbana, amplamente difundida pelos media e pelos circuitos transnacionais de produção musical, cujos principais contextos de memória continuam a ser os espaços relacionais face-a-face das casas de fado, das tascas e restaurantes, assim como das Sociedades Recreativas. Nesses lugares, um fadista (feminino ou masculino) canta acompanhado pela(s) guitarra(s) portuguesa(s) de seis ordens duplas de cordas metálicas, viola(s) (designação émica da guitarra clássica de seis cordas simples) e por vezes pela viola baixo (de 4 cordas). Apesar de os textos melódico e poético serem previamente compostos, o papel do fadista na interpretação do fado é crucial, distinguindo-se a sua performance pela capacidade de estilar (designação émica da improvisação melódica individual) e de dividir o texto (alteração do ritmo das palavras, com pausas, suspensões, respirações). Em Palmela, os principais contextos do fado são as festividades em torno do São Martinho, as Sociedades Recreativas, os restaurantes e iniciativas de promoção do vinho.

Revista

A revista, uma forma de teatro musicado, numa sequência de quadros independentes, mas unificados por uma temática, continua a justificar a participação de múltiplos palmelenses, seja na preparação dos diferentes papeis musicais (solistas, coro, grupo instrumental), na confeção das vestimentas, na construção da cenografia, ou na divulgação da performance. No século XXI, a revista faz parte dos programas das associações de reformados e pensionistas.

Marchas populares

Assim como noutras localidades do país, associações de Palmela organizam-se no mês de junho, durante as festas a Santo António, São João e São Pedro, para apresentar na rua as “suas” marchas populares por um grupo de cantadores trajado. Anualmente, músicos e poetas locais são convocados para criar novas canções, enquanto múltiplos participantes colaboram na feitura das indumentárias e adereços que caraterizam cada uma das marchas.

Músicos

Cantores, instrumentistas, maestros, compositores e outros músicos, sejam profissionais ou amadores, são recorrentemente solicitados para assinalar os momentos com significado para a comunidade local, para representar fora dessas fronteiras o concelho, a associação ou o grupo a que pertencem, ou para distinguirem e celebrarem a vida musical de outras localidades. Participam na construção de mundos da música plurais, com diferenciados sistemas de valores e distintos modelos de cooperação com a sociedade local, contribuindo assim para a diversidade dos comportamentos expressivos. Saber fazer música é uma competência localmente valorizada.

Construtores de instrumentos

As dinâmicas da vida musical geram uma multiplicidade de papeis que passa também pela construção e manutenção de instrumentos musicais. Este saber fazer altamente especializado encontra-se na oficina do luthier Sérgio Oliveira é ministrado durante as aulas da Bardoadinha e preservado na memória de músicos como Agostinho Candeias Romano.

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Atos de transmissão da música

A sustentabilidade da música depende da sua transmissão. Os ensaios são os principais contextos de transmissão do conhecimento necessário à realização das práticas musicais. Por exemplo, sob a direção dos migrantes alentejanos, os ensaios asseguram que a aprendizagem e fruição deste património não seja exclusiva dos que detêm a sua titularidade. Na escola do primeiro ciclo do Bairro Alentejano ensina-se cante alentejano às crianças. Por sua vez, os grupos folclóricos e associações de pensionistas organizam semanalmente ensaios que são contextos de aprendizagem transgeracional. Cada uma das bandas filarmónicas e orquestras tem a sua escola de música, aberta a todas as crianças e jovens, onde ensinam a ler e tocar um vasto repertório musical.

Conservatório Regional de Palmela

O Conservatório Regional de Palmela foi criado no ano letivo de 2001-2002 pela Sociedade Filarmónica Humanitária, com a finalidade de proporcionar aos jovens uma formação especializada na área da música com certificação oficial. Atualmente, o Conservatório Regional de Palmela conta com 400 alunos nos Cursos de Iniciação, Básico e Secundário de Música e, paralelamente, ministra o ensino da música nas Atividades de Enriquecimento Curricular nas Escolas do 1o Ciclo do Ensino Básico do Agrupamento Vertical de Escolas de Palmela.

As escolas de música das sociedades filarmónicas

As sociedades filarmónicas mantêm escolas de música abertas a todos os jovens, independentemente dos seus conhecimentos musicais prévios. Por estas escolas passaram centenas de aprendizes, alguns dos quais vieram, anos depois a profissionalizar-se na área da música, ocupando hoje lugares nas orquestras e escolas de ensino especializado de música. O impacte destas escolas estende-se à atividade musical não-profissional, permitindo a um número inestimável de pessoas participar em múltiplas atividades musicais. As sociedades filarmónicas são também o principal contexto de ensino não-formal, promovendo uma aprendizagem intergeracional, ao longo da vida, em repetidos ensaios.

Ordens religiosas e o culto católico em igrejas locais

As referências documentais históricas indicam que a prática musical institucionalizada até meados do século XIX teria, em Palmela, um enquadramento religioso. Há a indicação da existência de uma escola de música ligada à Ordem de Santiago, sediada nesta vila desde o século XII, em 1593 e na Chancelaria da Ordem de Santiago surgem, até meados do século XVIII, ordenações régias de vários clérigos para os cargos de mestre da capella, de organista e de tangedor de órgãos das igrejas de São Pedro e Santa Maria do Castelo desta vila. Sousa Viterbo, no seu opúsculo A Ordem de Santiago e a Música Religiosa nas igrejas Pertencentes à mesma Ordem, refere que “uma das feições características [desta Ordem] era a diffusão do ensino musical” e que, muito embora esta prática servisse para “alimentar o culto religioso, (…) nem por isso deixava de inferir poderosamente no espírito público” [VITERBO, Sousa, A Ordem de Santiago e a Música Religiosa nas igrejas Pertencentes à mesma Ordem, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1912, p.5-6]. Na época contemporânea, quando a prática musical amadora se alarga socialmente pela mão das sociedades filarmónicas, a Igreja de São Pedro, igreja matriz de Palmela, mantém-se como um dos espaços de música da vila. Foi, de facto, nas missas cantadas e outros ritos e festividades católicas que lá tinham lugar que aparecem as primeiras mulheres referidas como praticantes musicais, integrando o coro.

Bardoada – O Grupo do Sarrafo

Um curso de percussão organizado pelo município de Palmela proporcionou a formação de um grupo de seis percussionistas que se apresentou na Expo 98, ao lado do seu mestre Rui Júnior, grupo esse que esteve na origem da fundação da associação Bardoada – Grupo do Sarrafo, em 1998. A associação abriu inscrições, instituiu cursos de percussão e de gaita de foles, promove ensaios regulares e concebe concertos e espetáculos. Em 2019, conta com mais de 150 participantes, divididos pela orquestra, gigantes, gaiteiros, fogo e “bardoadinha” (grupo de mais de 50 crianças). A realização regular de ensaios exige uma gestão do amplo espaço cedido pela autarquia: a orquestra ensaia às terças e sábados, os gaiteiros às quartas e sábados (à noite), os ‘bardoadinhas’ aos sábados.

A Orquestra Nova de Guitarras

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Lugares e estruturas sociais da Música

No século XXI, a música está instituída em escolas de ensino formal e não-formal, em organismos como as orquestras, os coros e outros grupos, em espaços performativos de determinados edifícios públicos ou de associações, nos objetos do acervo do Museu da Música Mecânica ou em documentos no Arquivo Distrital de Palmela. Mas não só. Os espaços de trânsito quotidiano, como sejam a rua ou os jardins públicos, transformam-se em dias de festa em lugares performativos da música para onde as pessoas convergem. Há uma vivência comum do calendário e uma memória social que ditam que em certos dias do ano essa transformação possa acontecer. A transformação do espaço quotidiano num lugar da música opera-se também em contexto doméstico, quando as garagens ou sótãos são transformados em lugares de ensaio de música ou de construção/manutenção de instrumentos musicais.

Arquivo e Museu Municipal de Palmela

O Arquivo e Museu Municipal de Palmela reúne semanalmente com um grupo informal que se tem dedicado à pesquisa, estudo e divulgação da história do Concelho de Palmela, com base nomeadamente na memória e fontes orais. O objectivo destas reuniões é a recolha de informação sobre fotografias das coleções do Arquivo ou cedidas pela comunidade (identificação de pessoas, locais, eventos, etc.). O grupo tem ajudado a identificar quem foram os músicos de Palmela, que instrumentos tocavam, quem cantava, quem fazia teatro, em que espaços se moviam e o que faziam… contribuindo para o recenseamento e registo de pessoas ligadas à música e das atividades desenvolvidas.

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Encontro de gaita de beiços

Agostinho Candeias Romano, conhecido como Chico da Cana, organiza anualmente na sede do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Pinhal Novo um encontro de tocadores de gaita de beiços, um instrumento de palhetas metálicas, sem caixa de ressonância, diatónico ou cromático. No encontro que se realiza desde o ano 2000 têm participado tocadores de gaita de beiços da Península de Setúbal. A gaita de beiços, também conhecida como realejo ou simplesmente “gaita”, foi em meados do século XX o instrumento musical principal na animação de bailes, sobretudo em contexto rural. Essa participação conferiu aos tocadores de gaita de beiços o estatuto de detentores da tradição musical de matriz rural, sendo recorrentemente inquiridos para a constituição do repertório dos grupos folclóricos locais.

Festa das Vindimas

A Festa das Vindimas enche de som e movimento as ruas de Palmela. Durante cinco dias, entre o final de agosto e o início de setembro, gaiteiros, bandas civis e orquestras locais, grupos de bombos, ranchos folclóricos, coros, grupos de baile, artistas da música pop-rock, entre outros, participam na sua celebração, sendo reconhecida por muitos habitantes de Palmela como a festa à qual ninguém pode faltar. O impacte da festa estende-se muito para lá do seu tempo efetivo de realização, alastrando dos meses de preparação que a antecedem à posterior reverberação em conversas e memórias.

A Festa das Vindimas instituiu em 1963 a celebração coletiva do trabalho e a identificação do concelho de Palmela com a produção vitivinícola. Este grande acontecimento público teve como modelo as Festas do Vinho de Jerez de La Frontera e foi concebido e dinamizado pela administração local. Apesar de não ter som, esta página abre com o primeiro registo de imagem em movimento da festa. Datado de 1969 pertence ao acervo do Arquivo Municipal de Palmela.

FISP – Festival Internacional de Saxofones de Palmela

Passados quase 15 anos da primeira edição, o FISP – Festival Internacional de Saxofone de Palmela é uma iniciativa única no panorama artístico e pedagógico em Portugal, recebendo todas as edições participantes e visitantes dos cinco continentes. Com uma oferta de programação cultural muito intensa e variada: cerca de 30 concertos e espetáculos (de entrada gratuita), Masterclasses, Workshops, Seminários, Conferências, Concurso Internacional de Saxofone “Vitor Santos”, o FISP é um com um projeto cultural de serviço público, ajudando na formação de mais e melhores ouvintes, através de uma partilha de experiências e saberes entre alguns dos mais prestigiados nomes do saxofone nacional e internacional, professores, estudantes e público.

O FISP é organizado pela Sociedade Filarmónica Humanitária, Conservatório Regional de Palmela, tem a direcção artística de João Pedro Silva e o alto patrocínio da Câmara Municipal de Palmela.

Museu da Música Mecânica

O Museu da Música Mecânica foi inaugurado a 4 de outubro de 2016. É um museu privado que tem como missão o estudo, preservação, valorização, divulgação e fruição de uma coleção particular representativa da música mecânica, desde o final do século XVIII até à primeira metade do séc. XX. Nesse período, estes aparelhos de reprodução sonora marcaram presença tanto no espaço doméstico como público. No Museu da Música Mecânica podem ouvir-se caixas de música, realejos, organetes, autómatos, quadros e relógios musicais, pianolas, autopianos, fonógrafos e gramofones, num total de mais de 600 instrumentos de música mecânica. Todas as peças estão restauradas e em funcionamento, podendo ouvir-se o som destas máquinas ao vivo durante uma visita guiada. O Museu integra diferentes valências funcionais: área expositiva, sala documental, auditório, sala polivalente, loja, cafetaria e jardim.

Cine Teatro São João

O Cine-teatro São João foi inaugurado em 1952, por Humberto da Silva Cardoso. A partir dessa data, Palmela passou a usufruir de um cinema e de uma casa de espectáculos de grande qualidade, considerado como um dos melhores à época.

Em 1981 foi adquiro pelo Município mantendo-se, hoje, como um espaço integrado na rede de equipamentos do concelho, ao serviço da comunidade. É pólo de encontros e de práticas, num convite à criação e à fruição cultural. A música tem uma presença regular nos palcos e foyer do Cine-teatro São João.