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José Guerreiro Costa, foi um mestre de música de grande nome, que fez quase toda a carreira militar na guarnição, foi autor de muitas peças para banda, entre elas muitas fantasias para exame, autor de um curso de rudimentos e solfejo que durante muitos anos era adoptado no exército. Foi contemporâneo de outro mestre também muito apreciado que se chamou Ferreira da Silva.
Não é possível, por muito que o nosso amor próprio nos arraste a trabalhosas indagações, darmos resenha completa de todos os mestres que passaram pelo nosso exército. Muitos se escoaram na memória dos seus vindouros e os seus nomes se perderam para sempre na cinza dos papéis queimados como documentos incapazes.
Antes de começarmos a mencionar os que constam já dos almanaques do Exército, lembramos os nomes de Vidal que serviu na infantaria 10; os irmãos Duwens; Seabra, que serviu na infantaria 18; Matos, que serviu em infantaria 10; José Ramos , que serviu em infantaria 20; nascimento, que serviu em infantaria 1 e Manuel Tavares falecido há poucos anos de desastre. Manuel Tavares foi muito conhecido no meio musical lisboeta, não só no tempo em que dirigia as bandas militares, mas ainda pelo lugar que ocupou nas orquestras de ópera e de concerto como exímio tocador de trompa que era. Foi bom compositor, deixando algumas obras para banda e orquestra e ainda algumas peças para exame. Daqui em diante, como acima dizemos, vamos mencionar os regentes de banda pela ordem constante dos almanaques do exército; embora esses almanaques não sejam ainda (muitos deles) do tempo em que os regentes passaram a ter denominação de chefes; tratá-los-emos assim, visto que muitos usufruíram essa regalia antes da sua saída do Exército" (Ribeiro 1939, 256-7).
Referências bibliográficas
Ribeiro, Manuel. 1939. Quadros Históricos da Vida Musical Portuguesa. Lisboa: Edições Sassetti.