José Lopes (n. 28 de Outubro de 1857; m. 1934). Fundou cerca de 1878 a Banda dos Bombeiros Voluntários do Porto, constituída sobretudo por músicos militares aposentados e ex-alunos do Asilo Profissional do Terço (Guimarães 1951, 224). Essa banda, na qual José Lopes despendeu tempo e dinheiro, investiu na aquisição de instrumentos musicais e fardamentos. Fez duas digressões ao norte de Espanha, em 1904 e em 1915, participando num concurso inserido nas festas da cidade de Vigo. De entre as actuações na cidade do Porto, a imprensa destacou a participação no cortejo carnavalesco do Clube Girondinos, em 1906 (que disseminou a alcunha “Zé da Gaita”) e nas comemorações das bodas de ouro do Ateneu Comercial do Porto, conjuntamente com as bandas da Guarda Nacional Republicana e do Asilo do Terço, em 1923. A Banda dos Bombeiros Voluntários, “uma das primeiras bandas marciais do País”, distinguiu-se pelos programas executados, que incluíram rapsódias do compositor e regente Sousa Morais (Ibid.). José Lopes assumiu, também, a regência da Banda do Clube Fenianos Portuenses. Assíduo do Café Portuense, situado na esquina da Rua Sampaio Bruno com a Rua Sá da Bandeira, ali agenciou músicos e alugou pianos (Lopes 1980: 4). José Lopes assegurou os estudos musicais de seu filho oferecendo-lhe, inclusive, um piano e pagando lições particulares com os pianistas Pedro Blanco e José Cassagne, desde 1901 (Ibid.). Até essa data, apesar de ter assegurado a subsistência de Armando Leça e de outros filhos, não reconhecera a paternidade de Armando, tendo-o feito, apenas em 3 de Junho de 1913, quando este concluía o segundo ano do Conservatório Nacional de Música.
Segundo Francisco Guimarães a Banda dos Bombeiros Voluntários foi “uma das primeiras bandas marciais do País”, distinguindo-se, na sua óptica, pelos repertórios executados, que incluíram, entre outros, as rapsódias do compositor e regente Sousa Morais (Ibid.). José Lopes assumiu, também, a regência da Banda do Clube Fenianos Portuenses. Assíduo do Café Portuense, situado na esquina da Rua Sampaio Bruno com a Rua Sá da Bandeira, ali agenciou músicos e alugou pianos (Lopes 1980, 4).
Foi pai do compositor e folclorista Armando Leça.
Biibliografia:
Guimarães, Francisco (1951) “O maestro José Lopes <<Zé da gaita>>”. O Tripeiro. repositório de Notícias Portucalenses. V Série, Ano VII, nº 10, p. 224 a 226.
Lopes Rui de Freitas (1980) “Armando leça” Separata do Boletim da Biblioteca Pública Municipal de Matosinhos, nº 24: p. 4
Autora: Maria do Rosário Pestana