"António Gonçalves da Cunha Taborda, o terceiro chefe da banda da guarda municipal de Lisboa, depois de ter passado pela banda de infantaria 7. Nascido em 28 de maio de 1857.Poucos são os que como Taborda aparecem no coração dos subordinados com a saudade do seu conjunto de excelentes qualidades que o homem precisa ter e a nenhuma das quais se pode atribuíra mais leve parcela de mácula.
Taborda faleceu em 1911 e ainda hoje as suas qualidades múltiplas são lembradas por quantos o conheceram como um exemplo próprio do coração bem formado. Tinha amigos e amigos sinceros que o respeitavam e admiravam, porque era bom e era um grande artista.
A banda da guarda foi nas mãos de Taborda um fulcro notável de beleza musical, cuja confirmação se observou no regresso da sua brilhante excursão a Madrid e Barcelona que teve lugar em 1910. Não faltaram a Taborda momentos de glória, que foram tantos, quantas foram as vezes que a sua banda se apresentou em público apesar de no seu tempo ter apenas quarenta e cinco figuras.
Como compositor, os seus méritos subiram até à sua feliz ópera Dinah; não seria preciso tanto para o tornar grande, bastava a sua valsa Miragem ou até mesmo a sua marcha Novo Regimen, cujo trio fala ao coração. Taborda foi um dos ornamentos de que a classe músico militar se deve orgulhar. Possuía medalhas de comportamento exemplar e Isabel a Católica , de Espanha" (Ribeiro 1939, 258-259).
Referências bibliográficas
Ribeiro, Manuel. 1939. Quadros Históricos da Vida Musical Portuguesa. Lisboa: Edições Sassetti.