Artur Nunes Bártolo tomou posse, como maestro, em 1944, com 35 anos de idade e dirigiu a Banda ininterruptamente durante 19 anos, que, somados a mais dois, em dois posteriores curtos regressos, totaliza vinte e um anos de regência. É, até à data, o Maestro que mais tempo empunhou a batuta, na Banda Nova de Fermentelos.
Artur Bártolo sempre foi definido pelos músicos que formou e integrou na Banda, ou que tocaram sob a sua regência, como um homem temperamental mas, simultaneamente, com um "feeling" invulgar para a música. Era também dotado de uma astúcia invejável, que o levava a tornear as maiores dificuldades que, por vezes, lhe surgiam nos serviços, dando a volta por cima e saindo airosamente de situações complicadas.
Ora disfarçando o número de músicos no palco, ora jogando os trunfos na hora certa a esconder limitações nas interpretações musicais, a verdade é que muitas vezes saiu a Banda Nova dos concertos mais elogiada do que outras que com ela atuavam e que, na época, eram manifestamente mais fortes.
Manteve a Banda num bom nível artístico durante quase todo o seu tempo de regência, só claudicando nos últimos tempos por fatores internos e externos que, no início dos anos sessenta, originaram grave crise.