Recorte do periódico “Echo Musical” (ano 3, n.º 119) de 23 de Junho de 1913. A notícia anuncia o falecimento e as cerimónias fúnebres de Francisco Pinto de Queiroz, maestro da Tuna-Orquestra da União dos Empregados do Comércio do Porto e músico de 1.ª classe da Guarda Nacional Republicana do Porto.
Transcrição da notícia: “Vitimado por uma lesão cardiaca, faleceu em 9 do corrente o talentoso regente da Tuna-Orquestra da União dos Empregados do Comércio, músico de 1.ª classe da Guarda N.R. do Porto, sr. Francisco Pinto de Queirós.
É deveras lamentável a perda deste notável artista, pois, além de contar apenas 38 anos, foi um compositor célebre muito apreciado e estimado por todos.
Deixa grande cópia d’obras suas, todas excelentes, tais como: “Rapsódia de fragmentos líricos; Coisas da minha terra; 6 sinfonias para orquestra; Saudade, marcha fúnebre; Missa a 4 vóses e grande orquestra; Vésperas; a Pátria, Gavote; Recordação de Calvélos, valsa e numerosos números ligeiros”.
Merece especial menção uma polka-concerto, feita durante o período da sua doença em S. Mamede d’Infesta e oferecida ao digno chefe da banda da Guarda Republicana Exmo. Sr. J. J. Figueiras; intitula-se essa obra prima Sem fumar.
Era dum excelente carácter e amigo de todos, sem excepção.
A toda a família enlutada, em especial ao digno chefe da banda d’inf. 19, Exmo. Sr. João Pinto de Queirós, seu extremoso irmão, em nome dos seus colegas da Guarda Republicana, da Tuna-Orquestra da União dos Empregados do Comércio e de todos os seus amigos, sentidas condolências.
O seu funeral, efetuado em 10, foi de grande pompa, comparecendo, além do distinto comandante da Guarda Republicana Exmo. Sr. coronel Pereira de Magalhães e diversos srs. Oficiaes das diferentes unidades, as bandas da Guarda Republicana, Infantaria 6 e 18, Tuna da União dos Empregados do Comercio, diversos amigos, populares, etc.”
Porto, 19/6/913.