As Cantadeiras

Adriano João Sergio

Loures

Adriano João Sérgio

Afonso Cancio

Montijo

Afonso Cancio

Aida Fernandes

Vieira do Minho

Aida Fernandes é cantadeira do Rancho Folclórico "Os Ceifeiros de Cantelães"

Alcino Silva

Amarante

Alcino Silva é construtor de bombos e caixas. É diretor e tocador do Grupo de Bombos de Santo André. 

Aldina Santos

Vouzela

1979

Alexandre Fernandes

Burgos

Alexandre Fernandes

Alfredo Teixeira

Porto

Alfredo Teixeira

Almerinda Casal da Cruz Silva

Oliveira de Frades

1964

Almerinda Casal da Cruz Silva (n. 1964), natural de Bispeira e membro do Grupo de Cantares do Rancho Folclórico de São João da Serra, foi empregada de limpezas e agora é doméstica.

Alvarinho de Castro Pereira

Alzira da Silva Madureira

Oliveira de Frades

1945

Alzira da Silva Madureira (n. 1945) é natural de São Pedro do Sul e membro do Grupo de Cantares do Rancho Folclórico de São João da Serra.

Alzira Lourenço

Vouzela

Amandina de Jesus Gomes

Oliveira de Frades

1951

Amandina de Jesus Gomes (n. 1951), natural de Bispeira e membro do Grupo de Cantares do Rancho Folclórico de São João da Serra, foi agricultora.

Américo José Barroca Simão

Fundão

Américo José Barroca Simão é construtor de caixas e bombos. Integra o Grupo de Bombos de Lavacolhos.

Américo Simão

Fundão

Construtor de Bombos e Caixas da Freguesia de Lavacolhos, concelho do Fundão. Integra o Grupo de Bombos de Lavacolhos.

Ana da Silva

Póvoa de Varzim

Ana dos Santos Sousa

Póvoa de Varzim

Ana Maria Rodrigues Dias

Póvoa de Varzim

Ana Matos

Vila Nova de Famalicão

Ana Matos é auxiliar de educação e pertence ao grupo etnográfico Rusga de Joane. 

Ana Ribeiro

Braga

2004

Lara Ribeiro nasceu em 2004 e é uma das mais jovens cantadeiras do grupo folclórico da Universidade do Minho. 

Ana Rua Tomé

Lisboa

Ana Rua Tomé, é membro do Rancho Folclórico Flores da Beira, nasceu a 1989, em Mártires, no concelho de Lisboa, e é Educadora de Infância. Atualmente dirige o grupo infantil do Rancho Folclórico Flores da Beira. 

Ana Silva Cabreiro

Póvoa de Varzim

Anders Perander

Lisba

1976

Anders Perander (n. Helsínquia, Finlândia, 1976). Realizou um curso de construção de instrumentos na Finlândia, tendo estudado com Rauno Nieminen e Matti Nevalainen. Dedica-se à construção de instrumentos musicais (cordofones e instrumentos de percussão) desde 2012. Em 2019, construiu instrumentos para músicos como Benjamim Velle (cavaquinho brasileiro) e David Chiclana Abad (bandolim brasileiro). Atua também como músico e como professor de guitarra e cavaquinho.

 

Fonte: Resposta ao questionário "Levantamento de dados sobre construtores de cordofones em atividade em Portugal" (2020), realizado no âmbito do projeto "EcoMusic - Práticas sustentáveis: um estudo sobre o pós-folclorismo em Portugal no século XXI" (POCI-01-0145-FEDER-031782).

Anders Perander

Lisboa

Anders Perander

André Marcos

Braga

1994

André Marcos, natural de Braga, nasceu em 1994 e actualmente, é estudante de História pela Universidade do Minho. Hoje assume a função de director artístico do Grupo Folclórico da Unviersidade do Minho e foi responsável por uma grande parte do espólio que o grupo canta. Em 2012 juntou um grupo de amigas na freguesia de São Mamede de Este e decidiram começar a cantar algumas das cantigas que anteriormente tinha levantado junto da avó e das vizinhas, mais tarde, quando se juntou ao grupo folclórico da Universidade do Minho o André trouxe estas amigas consigo para o grupo. 

Andreia Ferreira

Vouzela

1992

Andreia Ferreira, nasceu a 1992, na freguesia de Cambra, lugar de Levides, pertencente ao concelhode Vouzela. É escriturária e faz parte do grupo de cantares da Associação "Amigos de Levides" e também do grupo de Trajes e Cantares de Cambra. 

Andy Manson

Mortágua

Andy Manson

António dos Santos [Couceiro]

Coimbra

1818

António Augusto dos Santos [Couceiro] (n. Botão, Coimbra, 31.01.1818; m. 11.12.1888). Violeiro. Filho de Manuel dos Santos (Roxo, Lorvão, Penacova) e Maria Rita [?] (Botão). Foi batizado a 10 de janeiro de 1819. Em 1841 casou com Eugénia Rito Couceiro (Ponte de Mucela, concelhos de Arganil e Vila Nova de Poiares). O casal estabeleceu-se na cidade de Coimbra, freguesia de Santa Cruz, primeiro na Rua de Montarroio e posteriormente na Rua Direita, n.ºs 16-18 (Taborda 2016, 295). Dois dos filhos deste casal deram continuidade ao ofício do pai, nomeadamente João dos Santos Couceiro (1848-1905) e Joaquim dos Santos Couceiro (1855-?) [1].

 

Segundo Michel'Angelo Lambertini, a oficina de António dos Santos começou a funcionar em 1845 (Lambertini 1914, 17). Este é também o ano indicado por Armando Simões (1974, 126-127). Nesta oficina, especializada na construção e reparação de cordofones e na venda de acessórios, trabalharam, para além do seu fundador, dois dos seus filhos, João dos Santos Couceiro e Joaquim dos Santos Couceiro, bem como dois outros funcionários, Ladislau Pinto de Magalhães e Joaquim da Silva Bica (Simões 1974, 127). No início da década de 1870 os irmãos Couceiro emigraram para o Brasil e os restantes funcionários deixaram a oficina para se estabelecerem por conta própria como violeiros na baixa de Coimbra (Nunes [em preparação], 180; Simões 1974, 127). António dos Santos formou também nesta oficina Augusto Nunes dos Santos, que se tornou seu genro em 1883 e deu continuidade a esta empresa familiar a partir de meados da década de 1880 (idem, ibidem).

 

Os instrumentos manufaturados nesta oficina foram exibidos em várias exposições realizadas em Portugal durante a segunda metade do século XIX. Na documentação consultada, as designações comerciais utilizadas para fazer referência à oficina fundada por António Augusto dos Santos variam ao longo do tempo, refletindo as sucessivas transformações na composição desta empresa familiar: António dos Santos & Filho, António dos Santos & Filhos e António dos Santos & Genro:

 

Exposição Internacional do Porto, 1865. Um anúncio publicado na edição de 8 de agosto de 1865 do jornal Commercio de Coimbra informava que, num salão de cabeleireiro em Coimbra, estava "patente uma viola francesa feita pelos srs. António dos Santos e filho", que tinha como destino a "Exposição industrial portuense" (Taborda 2016, 301). Segundo o catálogo oficial desta exposição, a empresa "António dos Santos & Filhos" foi a única representação dos construtores conimbricenses de instrumentos nesta exposição (Catálogo official 1865, 60).

 

Exposição Industrial de Coimbra, 1869. De acordo com o catálogo desta exposição, a empresa "António dos Santos & Filhos" foi distinguida com uma medalha de prata pela apresentação de vários instrumentos, designadamente uma viola (de nogueira preta, choupo e plátano), um violão (de nogueira preta, choupo e pinho de Flandres) e um cavaquinho (de mogno) (Exposição districtal 1869, 149) [2].

 

Exposição Distrital de Coimbra, 1884. Na revista desta exposição António dos Santos é referido como "o representante de uma dynastia de artistas, que hoje reside no Brazil, e que professa com distincção o mesmo officio" (Madeira 1884, 47-48). Segundo este documento, a empresa "Antonio dos Santos & Filho, de Coimbra" foi premiada com uma medalha de prata pela apresentação de uma "viola de plátano" e de um "violão de pau-óleo", ambos "com embutidos" (idem, 173). Numa resenha publicada na Revista Ilustrada deste certame, António Simões Barbas (professor de música da Universidade de Coimbra, que viria a ser o primeiro maestro da Estudantina Académica de Coimbra, fundada quatro anos depois, em 1888) apreciou estes instrumentos. Sobre a viola, que designa "viola d'arame", destaca positivamente a "regularidade com que está feito o delineamento da cercadura dos embutidos de madreperola que guarnecem o campo superior, regularidade que falta muitas vezes nos instrumentos deste género" (Barbas 1884, 38). Já no que respeita ao violão, que designa por "viola franceza", refere que é um instrumento "ornado de embutidos bem dispostos, tem a cabeça elegantemente talhada e os buracos para as cravelhas forrados de madrepérola e por fóra um disco de osso, o que faz com que a parte superior do instrumento esteja bem elegante" (idem, ibidem). Considera, no entanto: "Pena é que o som não corresponda aos bonitos exteriores e que, pela má construção do braço, haja uma distância maior do que a que se requer entre as cordas e o braço, o que torna o instrumento áspero" (idem, ibidem).

 

Exposição Industrial de Lisboa, 1888. Segundo o catálogo desta exposição, António dos Santos participou sob a designação "António dos Santos & Genro" (Associação Industrial Portuguesa 1888, 74).

 

Conhecem-se atualmente três violas construídas na oficina de António dos Santos [3]: uma datada de ca. 1870, parte do acervo do Museu Nacional da Música (n.º de inventário: MNM 0340) e outras duas, também da 2.ª metade do séc. XIX, parte do espólio do Museu Municipal Santos Rocha, na Figueira da Foz (n.ºs de inventário 575 e 576).

 

Notas: 

[1] Os dados disponíveis sobre a descendência direta de António Augusto dos Santos Couceiro são ainda escassos. Notas baseadas num artigo publicado em 2016 por Márcia Taborda, que avança alguns dados biográficos sobre os [seis] filhos deste violeiro: António dos Santos Couceiro, presbítero, residiu na vila de Soure e faleceu no dia 20 de fevereiro de 1914 (Taborda 2016, 295; 298); João dos Santos Couceiro (1848-1905); Joaquim dos Santos Couceiro (1855-?) Rosa; Maria da Conceição dos Santos Couceiro (n. Santa Cruz, Coimbra, 1858-?), casou com Augusto Nunes dos Santos; Maria Augusta Borba (?-1922).

[2] No seu estudo sobre os violeiros da família Couceiro, Marcia Taborda inclui um recorte do jornal O Conimbricense de 3 de julho de 1869 que clarifica que a viola e o violão acima referidos foram construídos por João dos Santos Couceiro, enquanto que o cavaquinho tinha sido feito por Joaquim dos Santos Couceiro, à época com apenas 12 anos, tratando-se do "primeiro objecto completo que faz no officio de violeiro" (Taborda 2016, 305). Nunes transcreve uma notícia publicada no jornal O Tribuno Popular n.º 1402, de 14 de julho de 1869, segundo a qual esta empresa apresentou “Uma viola construída de quatro espécies de madeira, plátano, faia, nogueira e buxo; um violão de nogueira preta nas costas e pinho de Flandres na frente, com magníficos bordados de madrepérola, que se vende por 18$000 reis. Um cavaquinho de mogno e pinho de Flandres, feito por Joaquim dos Santos, filho do expositor, que apenas tem 13 anos de idade, vende-se por 3$500 reis” (Nunes [em preparação], 179).

[3] Consideram-se aqui os instrumentos cujas etiquetas se referem a António dos Santos ou à empresa António dos Santos & Filhos.

 

Fontes:  

Associação Industrial Portuguesa. 1888. Catálogo da Exposição Nacional das Industrias Fabris realisada na Avenida da Liberdade em 1888. Lisboa: Imprensa Nacional.

Barbas, António Simões de Carvalho. 1884. "Instrumentos de Corda" in Revista Ilustrada da Exposição Distrital de Coimbra em 1884. N.º 1, janeiro de 1884. Coimbra: Typ. de M.C. da Silva.

Catalogo official da Exposição Internacional do Porto em 1865. Porto: Typografia do Commercio, 1865.

Exposição districtal de industria agrícola e fabril e de archeologia / promovida pela Associação dos Artistas de Coimbra sob a presidencia de Olympio Nicolau Ruy Fernandes. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1869.

Lambertini, Michel'Angelo. 1914. Industria instrumental portugueza (apontamentos). Lisboa: Typ. do Annuario Commercial

Madeira, António Joaquim Pinto. 1884. Exposição Districtal de Coimbra em 1884: revista, conferencias, premios. Coimbra: Imprensa da Universidade.

Nunes, António Manuel. [em preparação]. Coimbra, epicentro da viola toeira. As vidas de um cordofone. Coimbra: Fado ao Centro/ Fundação INATEL.

Simões, Armando. 1974. A Guitarra Portuguesa - bosquejo histórico. Évora: Tipografia Eborauto, Lda.

Taborda, Marcia. 2016. De Coimbra ao Rio de Janeiro: Os violeiros da família Couceiro e sua participação nas exposições regionais e internacionais. Boletim do Arquivo da Universidade de Coimbra, XXIX: 291-321.

António Faria Vieira

Felgueiras

António Faria Vieira

António José da Conceição

Idanha-a-Nova

António José da Conceição

Castelo Branco

1951

António José da Conceição (n. 1951, São Vicente da Beira). Frequentou o curso de construção de viola beiroa que decorreu em Idanha-a-Nova no ano letivo 2016/17. No que respeita à sua aprendizagem no domínio da construção de instrumentos, destacou também os contactos com o construtor Alísio Saraiva, de Castelo Branco. Fotojornalista de profissão, dedica-se à construção da viola beiroa e da "beiroinha" ("cavaquinho da beira") desde 2017. Passou a construir instrumentos para responder a encomendas de clientes em 2018. Em 2019, construiu instrumentos para músicos como Augusto Canário (viola beiroa, "beiroinha", "beirolim") e António Geraldes (viola beiroa, beiroinha). Os seus trabalhos são também solicitados por grupos de cavaquinhos sediados em localidades como Leiria, Figueira da Foz, Almada, Sintra, Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Covilhã, Gaia e São Mamede de Infesta.

 

Fonte: Resposta ao questionário "Levantamento de dados sobre construtores de cordofones em atividade em Portugal" (2020), realizado no âmbito do projeto "EcoMusic - Práticas sustentáveis: um estudo sobre o pós-folclorismo em Portugal no século XXI" (POCI-01-0145-FEDER-031782).

António Manuel Vieira Nunes Mota

Angra do Heroísmo

António Manuel Vieira Nunes Mota

António Monteiro (Guitarra Portuguesa Flor de Lis)

Vila Nova de Gaia

António Monteiro (Guitarra Portuguesa Flor de Lis)

Vila Nova de Gaia

1964

António Monteiro (n. Travanca, Cinfães, Viseu, 17 out. 1964). Dedica-se à construção de instrumentos musicais desde 2004. Em 2008 passou a responder a encomendas de clientes, sendo detentor da marca registada "Guitarra Portuguesa Flor de Lis" desde 2017. No que respeita à sua formação neste domínio referiu que aprendeu "vendo e revendo guitarras de construtores antigos, principalmente da família Grácio". Sobre os materiais utilizados na construção de cordofones destaca a utilização de "madeiras da melhor qualidade", nomeadamente "Jacarandá da Bahia, Pau Santo da Amazônia, Pau Santo da Índia, Acer, Pau Santo de Madagáscar, Spruce Engelman e Alemão e também cedro canadense". Em 2019 construiu instrumentos para músicos como Ricardo Araújo (São Paulo, Brasil), Mike 11 (Micael Gomes) e Diogo Mendes.

 

Fonte: Resposta ao questionário "Levantamento de dados sobre construtores de cordofones em atividade em Portugal" (2020), realizado no âmbito do projeto "EcoMusic - Práticas sustentáveis: um estudo sobre o pós-folclorismo em Portugal no século XXI" (POCI-01-0145-FEDER-031782).

 

António Pinto de Carvalho

António Teixeira Silva

Amarante

António Teixeira Silva

APC Instrumentos Musicais

Braga

APC Instrumentos Musicais

Arminda Gomes Marques

Póvoa de Varzim

Augusto Nunes dos Santos

Coimbra

1859

Augusto Nunes dos Santos (n. Coimbra, 25.05.1859; m. Coimbra, 22.12.1915). Violeiro. Filho de Justiniano dos Santos e Ana de Jesus. Foi batizado em São Bartolomeu, paróquia da cidade de Coimbra, em 1859. Frequentou os cursos noturnos promovidos pela Associação dos Artistas de Coimbra (fundada em 1862), tendo realizado com sucesso o exame de instrução primária em junho de 1869, com a classificação de Bom (Taborda 2016, 304). Em 1883 casou com Maria da Conceição dos Santos Couceiro, filha do violeiro António Augusto dos Santos (1818-1888). No início da década de 1880, deu continuidade à atividade da oficina fundada por António dos Santos, de quem se tornou sócio [1] e com o qual aprendeu o ofício de construtor de cordofones.

 

Augusto Nunes dos Santos desenvolveu a sua atividade na oficina fundada em meados da década de 1840 por António dos Santos, sediada em Coimbra, na Rua Direita, n.ºs 16-18 (Taborda 2016, 295). Com efeito, esta morada consta nas etiquetas de vários instrumentos construídos por Augusto Nunes dos Santos nas últimas duas décadas de oitocentos e no início do século XX. Em vários anúncios publicados na imprensa periódica local de Coimbra, este violeiro assume-se como sucessor do seu sogro (vd. por exemplo O Defensor do Povo de 20 de novembro de 1893; Resistência de 12 de novembro de 1903) [2]. Garantiu o fornecimento e manutenção de cordofones à orquestra do Teatro Académico (1838-1888) e à Tuna Académica da Universidade de Coimbra, a partir de 1888 (Nunes [em preparação], 181).

 

Nesta oficina trabalharam, como oficiais, Adriano Freitas dos Santos Espingarda, Manuel Ferreira Neves e Armando Neves, todos os quais viriam a estabelecer-se por conta própria, com oficinas de violaria na cidade de Coimbra (idem, 181-183). A oficina de Augusto Nunes dos Santos estava ainda em funcionamento na segunda década do século XX. Num trabalho publicado em 1914, Michel'Angelo Lambertini incluiu esta figura numa lista de construtores de cordofones ativos à data da publicação (Lambertini 1914, 17).

 

Da etiqueta aplicada por Augusto Nunes dos Santos nos instrumentos por si construídos consta a seguinte informação: "Augusto Nunes dos Santos/ sucessor de António dos Santos/ Manufactor de Instrumentos de cordas/ Premiado na Exposição Distrital de Coimbra em 1884/ com medalhas de prata e na de Lisboa em 1888/ Vende Cordões Verdigais e todos os acessórios para rebeca/ 16-Rua Direita-18" (Simões 1974, 128). Sobre a participação de Augusto Nunes dos Santos nestas exposições foi possível recolher os seguintes dados:

 

Exposição Distrital de Coimbra, 1884. Segundo o catálogo desta exposição, promovida pela Escola Livre das Artes do Desenho, Augusto Nunes dos Santos foi premiado com uma medalha de prata pela apresentação de uma "guitarra de madeira de faia, com chapa de leque e embutidos" (Madeira 1884, 173; Simões 1974, 127). Num texto de António Simões de Carvalho Barbas publicado na Revista Ilustrada deste certame, este instrumento foi descrito nos seguintes termos: "[o] tampo superior é orlado de embutidos de madeira e de madrepérola, tendo por baixo do cavalete uma lira dos mesmos embutidos" (Barbas 1884, 38).

 

Exposição Industrial de Lisboa, 1888. O nome de Augusto Nunes dos Santos consta do catálogo desta exposição (Associação Industrial Portuguesa 1888, 74). Armando Simões menciona que, neste certame, foram premiados com medalha de prata "as firmas António dos Santos e genro e Augusto Nunes dos Santos" (Simões 1974, 127).

 

Conhecem-se atualmente [2021] quatro violas construídas por Augusto Nunes dos Santos. Uma delas, incluída no acervo do Museu Nacional de Etnologia (n.º de inventário: BB.301), foi adquirida em 1965 por Ernesto Veiga de Oliveira e Benjamim Pereira ao violeiro e tocador Raúl Simões (Oliveira 2000, 31). Outras três violas foram mapeadas por colaboradores do blog Guitarra de Coimbra: uma pertenceu a Augusto Lamartine (Coimbra), outra encontra-se à guarda de Madalena Batista (Ançã) e a terceira faz parte do acervo do Rancho Folclórico e Etnográfico de Vale de Açores (Mortágua).

 

Notas: 

[1] No catálogo da Exposição Industrial de Lisboa realizada em 1888 a oficina de António dos Santos aparece referida com a designação "António dos Santos & Genro" (Associação Industrial Portuguesa 1888, 74).

[2] Dados coligidos por Adamo Caetano, divulgados por António Manuel Nunes no blog Guitarra de Coimbra no dia 1 de outubro de 2015. Disponível em http://guitarradecoimbra4.blogspot.com/2015/10/missao-toeira-4.html [consulta: março de 2020].

 

Fontes: 

Associação Industrial Portuguesa. 1888. Catálogo da Exposição Nacional das Industrias Fabris realisada na Avenida da Liberdade em 1888. Lisboa: Imprensa Nacional.

Cabral, Pedro Caldeira. 2006. "A Viola Popular em Portugal" in As Idades do Som. Lisboa: Instituto do Emprego e Formação Profissional.

Barbas, António Simões de Carvalho. 1884. "Instrumentos de Corda" in Revista Ilustrada da Exposição Distrital de Coimbra em 1884. N.º 1, janeiro de 1884. Coimbra: Typ. de M.C. da Silva, 1884

Madeira, António Joaquim Pinto. 1884. Exposição Districtal de Coimbra em 1884: revista, conferencias, premios. Coimbra: Imprensa da Universidade.

Nunes, António Manuel. [em preparação]. Coimbra, epicentro da viola toeira. As vidas de um cordofone. Coimbra: Fado ao Centro/ Fundação INATEL

Oliveira, Ernesto Veiga de. 2000. Instrumentos Musicais Populares Portugueses. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Simões, Armando. 1974. A Guitarra Portuguesa - bosquejo histórico. Évora: Tipografia Eborauto, Lda

Taborda, Marcia. 2016. De Coimbra ao Rio de Janeiro: Os violeiros da família Couceiro e sua participação nas exposições regionais e internacionais. Boletim do Arquivo da Universidade de Coimbra, XXIX: 291-321.

Áurea Fernandes

Oliveira de Frades

1945

Áurea Fernandes (n. 1945), natural de São João da Serra e membro do Grupo de Cantares do Rancho Folclórico de São João da Serra, foi agricultora.

Avelina Teixeira

Arouca

Avelina Teixeira é cantadeira e responsável pelo grupo de mulheres de Cabreiros, que atualmente se encontra a cantar junto do grupo de mulheres de Candal. Avelina nasceu no lugar de Tebilhão, na freguesia de Cabreiros, concelho de Arouca. 

Beatriz Pereira Marques

Vouzela

1948

Beatriz Pereira Marques (n. 1948), natural de Carvalhal de Vermilhas, neste momento está aposentada e é um dos elementos do Grupo de Cantares de Carvalhal de Vermilhas. 

Benta Beato

São Pedro do Sul

Bento Martins Lobo

Coimbra

1843

Bento Martins Lobo (n. Tui, Pontevedra, Galiza, 1843; m. Coimbra, 1912) (Cabral 2019, 105). Violeiro. Os dados recolhidos até ao momento não permitem senão breves apontamentos biográficos sobre esta figura. Segundo Armando Simões, Bento Martins Lobo (Bento Martines Lobo, em galego) nasceu na localidade de Tuy. Terá passado pela cidade do Porto antes de se estabelecer em Coimbra (Simões 1974, 129). Já nesta cidade, aprendeu a construir cordofones na oficina situada no Paço do Conde com os irmãos José Rodrigues Bruno e Joaquim Wladislau Bruno embora "sem nunca alcançar a notoriedade dos mestres" (idem, ibidem). Simões assinala que Bento Martins Lobo se dedicou à construção de cordofones (violas, guitarras e cavaquinhos) tendo-se estabelecido em vários locais da cidade de Coimbra, incluindo a oficina dos irmãos Bruno (idem, 129-130). O autor citado prossegue com uma peculiar descrição, que continua a ser veiculada na atualidade, segundo a qual Bento Martins Lobo "usava suíças, casaco quase fraque, boné no alto da cabeça e o vinho levava-o a alta cantoria. Tinha um cão chamado Nilo a que a rapaziada chamava Galiota, nome que passou para o dono que era conhecido pelo Bento Galiota" (idem, 130).

 

Bento Martins Lobo vendia os instrumentos por si construídos em feiras e romarias dos municípios da Beira Litoral. Segundo Armando Simões, vendeu a primeira guitarra de Antero da Veiga na romaria das Senhora das Preces, concelho de Oliveira do Hospital, em julho de 1885 (Simões 1974, 130). Baseando-se numa notícia publicada na edição de 12 de outubro de 1912 do jornal Gazeta de Coimbra, António Nunes assinala que, à data desta publicação, Bento Martins Lobo encontrava-se inválido, "tendo recolhido ao Asilo de Celas, com despesas de manutenção a cargo da Associação dos Artistas de Coimbra" (Nunes [em preparação], 177). Da análise de catálogos e revistas de exposições de cariz comercial e industrial, é possível aferir que este violeiro estava ativo nas décadas de 1860 a 1880:

 

Exposição Industrial de Coimbra, 1869. Segundo o catálogo desta exposição, Bento Martins Lobo apresentou uma "rebeca", tendo sido distinguido com uma medalha de cobre (Exposição districtal 1869, 154).

Exposição Distrital de Coimbra, 1884. Foi premiado com uma medalha de cobre, atribuída pela apresentação de dois instrumentos, nomeadamente uma "guitarra em fórma de lira" e uma "viola de pau-oleo com embutidos de madrepérola e de diferentes madeiras" (Madeira 1884, 174). Na sua resenha crítica aos "instrumentos de corda" patentes nesta exposição, António Simões Barbas refere-se à "guitarra com forma de lira" como "bem acabada" e descreve a "viola d'arame" como "o instrumento deste género mais bem acabado que se encontra na Exposição, já pela delicadeza e elegância do cavalete com embutidos, como pela elegância da cabeça e perfeição das caravelhas que têm um pequeno botão de osso onde as cordas se prendem para afinar" (Barbas 1884, 38).

Exposição Industrial de Lisboa, 1888. Armando Simões assinala que Bento Martins Lobo foi premiado nesta exposição (Simões 1974, 130). Da análise do 1.º volume do catálogo desta exposição, confirma-se a presença deste violeiro neste certame (Associação Industrial Portuguesa 1888, 74).

 

Conhece-se atualmente uma viola de arame construída por Bento Martins Lobo. Trata-se precisamente de um dos instrumentos que este violeiro apresentou na Exposição Distrital de Coimbra, certame inaugurado no dia 1 de janeiro de 1884, no Colégio do Carmo. Esta viola foi sinalizada por Domingos Morais numa coleção particular e estudada por Orlando Trindade que, em julho de 2011, fez o seu desenho técnico. Várias fotografias, da autoria de Joaquim António da Silva, foram divulgadas on-line, nomeadamente no blog Guitarra de Coimbra V (publicação de 23 de setembro de 2015, incluindo um artigo da autoria de António Manuel Nunes, António Freire e João Vila), e na página de Facebook Toeira (várias publicações, entre agosto e novembro de 2013). As dimensões e características estéticas desta viola foram também descritas por António Nunes ([em preparação], 142). Este instrumento foi replicado em 2015 por Eduardo Loio, na Escola de Construção de Cordofones da Associação Fado ao Centro.

 

Fontes: 

Associação Industrial Portuguesa. 1888. Catálogo da Exposição Nacional das Industrias Fabris realisada na Avenida da Liberdade em 1888. Lisboa: Imprensa Nacional.

Barbas, António Simões de Carvalho. 1884. "Instrumentos de Corda" in Revista Ilustrada da Exposição Distrital de Coimbra em 1884. N.º 1, janeiro de 1884. Coimbra: Typ. de M.C. da Silva, 1884

Cabral, Pedro Caldeira. 2019. O Som da Saudade - A Cítara Portuguesa. Lisboa: EGEAC | Museu do Fado

Exposição districtal de industria agrícola e fabril e de archeologia / promovida pela Associação dos Artistas de Coimbra sob a presidencia de Olympio Nicolau Ruy Fernandes. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1869.

Madeira, António Joaquim Pinto. 1884. Exposição Districtal de Coimbra em 1884: revista, conferencias, premios. Coimbra: Imprensa da Universidade.

Nunes, António Manuel. [em preparação]. Coimbra, epicentro da viola toeira. As vidas de um cordofone. Coimbra: Fado ao Centro/ Fundação INATEL.

Simões, Armando. 1974. A Guitarra Portuguesa - bosquejo histórico. Évora: Tipografia Eborauto, Lda.

Entrevista a Eduardo Loio. Coimbra, 24 de julho de 2019.

 

Para mais informações:

Blog Guitarra de Coimbra: artigo "Missão toeira (3) - Uma Bento Martins Lobo de escala inteira", disponível em http://guitarradecoimbra4.blogspot.com/2015/09/missao-toeira-3.html [consulta: março de 2020].

Página no Facebook Toeira, disponível em https://www.facebook.com/violatoeira/ [consulta: março de 2020].

"Viola Toeira de 1884". Imagens partilhadas por Domingos Morais na plataforma Scribd, em julho de 2011, disponíveis em: https://pt.scribd.com/document/60373534/Viola-Toeira-de-1884?fbclid=IwAR2C5IMbLELYvRlmQm6Lt2mGUVQxDMAx9wWHirv7rrcoIkRthOU5WJfxXDg [consulta: março de 2020].

Bruna Alexandra Martins Marques

Vouzela

2011

Bruna Alexandra Martins Marques, nasceu em 2011, no concelho de Vouzela. É cantadeira e a mais jovem do grupo de Cantares da Associação APAVE. Para além de cantar, Bruna também dança e toca concertina no grupo. 

Cândido Jacob

Coimbra

Cândido Jacob

Coimbra

1981

Cândido Jacob (n. França, 1981). Dedica-se à construção de instrumentos musicais desde 2013. Iniciou-se na construção de cordofones na oficina de Fernando Meireles, em Coimbra. Trabalhou também com Ludovic Barrier. 

 

Fonte: Resposta ao questionário "Levantamento de dados sobre construtores de cordofones em atividade em Portugal" (2020), realizado no âmbito do projeto "EcoMusic - Práticas sustentáveis: um estudo sobre o pós-folclorismo em Portugal no século XXI" (POCI-01-0145-FEDER-031782).

Carla Alves

Oeiras

1980

Carla Alves, nasceu em 1980, na freguesia de Porto Salvo, no concelho de Oeiras, é fisioterapeuta e técnica comercial de produtos médicos. Neste momento, é a ensaiadora do Rancho Folclórico Flores da Beira. 

Em 2017, após o envolvimento do rancho folclórico Flores da Beira no evento coorganizado "Mostra de Trajes" e onde tiveram a oportunidade de cantar junto de algumas detentoras do conhecimento do canto a vozes, em Oeiras, Carla Alves foi uma das impulsionadores para a criação de um grupo de cantares dentro do rancho e desde então, tem vindo a fazer o levantamento de um extenso repertório para este novo projeto. 

Carlos Jorge Pereira Rodrigues

Funchal

Carlos Jorge Pereira Rodrigues

Funchal

1956

Carlos Jorge Pereira Rodrigues (n. 20 mai. 1956, Funchal). Dedica-se à construção de cordofones desde 1979. Destaca os conhecimentos que lhe foram transmitidos pelo "mestre" Joaquim Grácio, por Agostinho Menezes e pelo "mestre" Carlos Gonçalves Marcos. Em 1981 passou a construir para responder a encomendas de clientes.

 

Fonte: Resposta ao questionário "Levantamento de dados sobre construtores de cordofones em atividade em Portugal" (2020), realizado no âmbito do projeto "EcoMusic - Práticas sustentáveis: um estudo sobre o pós-folclorismo em Portugal no século XXI" (POCI-01-0145-FEDER-031782).

Carminda Aires Santos

São Pedro do Sul

Carminda dos Santos Corga

São Pedro do Sul

1957

Carminda dos Santos Corga (n. Bondança 13-05-1957) é uma detentora da tradição de cantar a duas e três vozes, em terceiras e quintas paralelas. Conhecedora de um vasto repertório de modas, canta preferencialmente a voz “riba” ou seja, a voz que canta uma quinta acima da melodia inferior.

Cria novas poesias para melodias tradicionais, com temáticas relacionadas com o quotidiano.  

Agricultora trabalhou e cantou a três vozes com outras mulheres de Bondança e do Gestosinho que vinham para as ceifas e para as "tiradas": "As de Gestosinho vinham aqui ás ceifas e às tiradas, as tiradas era passar o estrume numas canastras à cabeça e nas ceifas, cantava-se a três vozes, era o que se usava e naquela maré havia raparigas com vozes bonitas e vozes boas e havia modas bonitas. O trabalho para nós fazia parte do divertir. E nas ceifas, ao fim do dia, dançava-se, no fim de um dia de trabalho. Era com a concertina ou com o gira-discos" (entr. 2017). Participou na replantação da floresta no concelho de São Pedro do Sul, no lugar de Cabreiros, na década de 1970. Segundo Carminda dos Santos Corga, a replantação da floresta foi um contexto de trabalho em que cantou a três vozes com outras mulheres: "Já trabalhei na floresta, tinha uns 14 ou 15 anos, numas costeiras para a banda de Cabreiros. Andavam lá raparigas de Cabreiros, de Candal e depois cantava-se, semeava-se o pinhal, depois aquilo era tudo sachado com uma enxada para misturar a terra com o pinhão e também fazíamos covas para plantar árvores. E cantava-se. Mas aquilo não custava nada, aquilo só o cantar e o conviver com as raparigas que lá andavam" (entr. 2017).  Na juventude não teve oportunidade de "cantar muito com a mãe" porque apesar de esta ser também uma detentora da tradição local, não cantava muito porque o marido estava emigrado para França e "quando os maridos não estavam as mulheres já não faziam parte destas borgas de cantar. Mas ela sempre gostou de cantar. Ela adorava cantar, só que ela casou-se muito nova, era o trabalho e pouco mais, ia à missinha e mais nada. Só quando o meu pai vinha é que ela ia. Mas não era só ela. Era tudo assim" (entr. 2017).

Não fez parte dos grupos formalmente instituídos em Manhouce por não ter disponibilidade para participar nos ensaios, mas integrou grupos formados ocasionalmente para demonstrações do folclore local, como por exemplo, em desfolhadas para as televisões portuguesas. 

 

Catarina Almeida de Matos Torres

Lisboa

1977

Catarina Almeida de Matos Torres (n. Lisboa, 1977). Dedica-se principalmente ao restauro e manutenção de contrabaixos. Iniciou-se nesta atividade em 2001. No que respeita à sua aprendizagem neste domínio, destacou as pesquisas que realizou em livros e sites especializados, bem como a realização de estágios. Trabalhou com José Machado e Thibault Dumas. Trabalha com o luthier Kai Dase (com quem partilha o atelier) colaborando na construção e reconstrução de instrumentos de cordas, nomeadamente ao nível dos acabamentos e montagem.

 

Fonte: Resposta ao questionário "Levantamento de dados sobre construtores de cordofones em atividade em Portugal" (2020), realizado no âmbito do projeto "EcoMusic - Práticas sustentáveis: um estudo sobre o pós-folclorismo em Portugal no século XXI" (POCI-01-0145-FEDER-031782).

Catarina Cubo

Braga

1990

Catarina Cubo é estudante de doutoramento na universidade do Minho e pertence ao grupo folclórico da UM. No grupo faz o contralto e também canta alguns solos. 

Celeste Alves

São Pedro do Sul

Claudia Monteiro

Porto

Claudia Monteiro faz parte do grupo de Cantadeiras do NEFUP e é uma das responsaveis pelos ensaios e alguns arranjos do grupo. 

Daniel Rodrigues

Loures

1990

Daniel Rodrigues (n. Figueira da Foz, 29 nov. 1990). Trabalha sobretudo como restaurador de instrumentos musicais. Iniciou-se na construção de guitarras elétricas em 2014. No que respeita ao seu processo de aprendizagem neste domínio, destacou a realização de pesquisas em sites especializados e o contacto com construtores como Adriano Sérgio, Cândido Jacob e Andy Manson.  Responde a encomendas de clientes desde 2017. Em 2019, construiu uma guitarra elétrica para o músico Frederico Martinho (HMB).

 

Fonte: Resposta ao questionário "Levantamento de dados sobre construtores de cordofones em atividade em Portugal" (2020), realizado no âmbito do projeto "EcoMusic - Práticas sustentáveis: um estudo sobre o pós-folclorismo em Portugal no século XXI" (POCI-01-0145-FEDER-031782).

Daniela Dias

Vila Nova de Famalicão

Daniela Dias, estudante e cantadeira, faz parte do grupo Etnográfico Rusga de Joane. 

Daniela Leite Castro

Porto

Daniela Leite Castro é bailarina e música e faz parte do grupo de cantadeiras do NEFUP. 

Deolinda Araújo Fidalgo

Arcos de Valdevez

Deolinda Araújo Fidalgo nasceu na Vila de Soajo, no concelho de Arcos de Valdevez e foi lavradeira desde pequena. Atualmente é cantadeira no grupo de cantadeiras do Soajo e faz a voz "de cima".

Dina Teresa Rodrigues

São Pedro do Sul

Diogo Valente Santos (Instrumentos Valente)

Estarreja

Diogo Valente Santos - Instrumentos Valente

Eduardo Loio

Elisabete Fernandes Barbosa

Arcos de Valdevez

1949

Elisabete Fernandes Barbosa, cantadeira e co-formadora do grupo de Cantadeiras do Soajo. Nasceu a 28 de Agosto de 1949 no Soajo e lá permaneceu até terminar o ensino primário.  Ingressou nos estudos do secundário em Braga, num liceu de freiras. Formou-se em educação e mais tarde, em medicina. Foi médica de família em Arcos de Valdevez e neste momento é aposentada dando o apoio necessário aos locais da Vila de Soajo. No grupo faz a 1º voz e é também responsável por orientar o grupo.

Emília Braga Pereira Silva

Braga

1957

Emília Braga Pereira Silva, canta a voz de baixo no grupo folclórico da Universidade do Minho e é doméstica.

Fernando Fena Maia

Aveiro

Fernando Fena Maia

Aveiro

1940

Fernando da Silva Maia (n. Mataduços, Esgueira, 1940). Dedica-se à construção de cordofones desde 2005. Para se iniciar nesta atividade recorreu a livros, a pesquisas na internet e a contactos com construtores de instrumentos. Dedica-se sobretudo à construção de cavaquinhos. Toca violão e cavaquinho em vários grupos ligados a universidades seniores.

 

Fonte: Resposta ao questionário "Levantamento de dados sobre construtores de cordofones em atividade em Portugal" (2020), realizado no âmbito do projeto "EcoMusic - Práticas sustentáveis: um estudo sobre o pós-folclorismo em Portugal no século XXI" (POCI-01-0145-FEDER-031782).

Fernando Meireles

Coimbra

Fernando Miraldo

Coimbra

Fernando Miraldo

Cantanhede

1946

Fernando Miraldo (n. Covões, Cantanhede, 14 abr. 1946). Formado em Engenharia pela Universidade de Coimbra (1970-1982), trabalhou na área da engenharia dos transportes durante 39 anos, sendo responsável pela manutenção de vias férreas. Na sua juventude atuou enquanto baixista em vários grupos musicais. Foi cofundador do conjunto Os Czares (fundado em Aveiro), posteriormente renomeado Mandrágora.

Constrói cordofones desde 2008, como atividade de ocupação de tempos livres. Apoiou a sua aprendizagem no domínio da construção de instrumentos de cordas por meio da pesquisa em livros e em sites especializados na internet, bem como na observação de cordofones fabricados por construtores de referência. Na entrevista que me concedeu, salientou que o contacto com os músicos que recorrem aos seus serviços (e que frequentemente acompanham o processo de construção) tem contribuído muito positivamente para o desenvolvimento dos seus conhecimentos e competências no domínio da construção de instrumentos. Após a reforma, em 2011, Fernando Miraldo tem vindo a dedicar-se de modo mais permanente à construção de cordofones como a guitarra (clássica, acústica, eletroacústica e manouche), o violão, o violino, o bandolim, o cavaquinho (incluindo o designado 'machinho' de Coimbra), a guitarra portuguesa (modelo de Coimbra), a viola braguesa e a viola toeira. Paralelamente, dedica-se à reparação e manutenção de cordofones. Nos últimos anos construiu instrumentos para músicos como Alexandre Barros (viola braguesa), António Dinis (viola toeira), Hugo Paiva de Carvalho (guitarra portuguesa), Octávio Sérgio (guitarra portuguesa), Paulo Soares (guitarra portuguesa) e Pedro Damasceno, do grupo Diabo a Sete (machinho de Coimbra).

Desde 2014, apoiado pela sua esposa, Celestina Miraldo (responsável pelo trabalho de pesquisa e sistematização de informação) dedicou-se à construção de violas toeiras, projeto descrito por António Manuel Nunes como sendo "sustentado por uma experienciação cuidada e pela pesquisa de procedimentos historicamente sustentados que passam por trabalho de campo (mapeamento e estudo de exemplares de época), utilização de práticas artesanais e domésticas" (Nunes [em preparação], 189). Para construir violas toeiras apoiou-se nas imagens e descrições reproduzidas na obra Instrumentos Musicais Populares Portugueses, de Ernesto Veiga de Oliveira, bem como na observação e estudo de uma viola toeira construída por Raúl Simões (à guarda da sua filha, Maria Armanda Simões Lacerda Temido). As experiências de construção de Fernando Miraldo têm vindo a ser acompanhadas por músicos e investigadores implicados no processo de revitalização da viola toeira, como Adamo Caetano, António Freire, António Manuel Nunes, Daniel Gonçalves, João Vila e Miguel Luís. O trabalho de construção de Fernando Miraldo tem vindo a ser documentado e divulgado pela equipa do blog Guitarra de Coimbra.

 

Fontes:

Entrevista a Fernando Miraldo, realizada por Rui Marques. Coimbra, 4 de fevereiro de 2020.

Página web de Fernando Miraldo: fm - Construção de Cordofones, disponível em https://www.fm-construcaodecordofones.com [consulta: maio de 2020].

Nunes, António Manuel. [em preparação]. Coimbra, epicentro da viola toeira. As vidas de um cordofone. Coimbra: Fado ao Centro/ Fundação INATEL

Blog Guitarra de Coimbra V [várias entradas]. Endereço: http://guitarradecoimbra4.blogspot.com

Fernando Portela

Viana do Castelo

Fernando Portela

Filipa Mateus

Gina Maria Almeida Martins

São Pedro do Sul

Gina Maria Almeida Martins é uma cantadeira que ativamente luta pela salvaguarda das práticas musicais locais. 

Gracinda Silva Santos

Vouzela

1945

Helena de Jesus Pereira Tojal

Vouzela

1945

Helena de Jesus Pereira Tojal (n. 1945), natural de Carvalhal de Vermilhas, foi agricultora e é um dos elementos do Grupo de Cantares de Carvalhal de Vermilhas. A sua filha, Maria Isabel Pereira Moita, também é membro deste Grupo. 

Helena Queirós

Porto

Helena Queirós é professora de inglês e pertence ao grupo de Cantadeiras do NEFUP. 

Henrique Rodrigues

Funchal

Henrique Rodrigues

Hugo Raposo

Funchal

Hugo Raposo

Isabel Silvestre

São Pedro do Sul

1941

Isabel Silvestre é uma cantora cujo percurso artístico começou em 1961 com a participação no primeiro disco single do grupo folclórico da aldeia: o Rancho Regional de Manhouce. Contudo, não foi ainda com esta edição que a voz de Isabel Silvestre obteve o reconhecimento do público. Tal só virá a acontecer na década de 1980, quando o Grupo Etnográfico de Cantares e Trajes de Manhouce (1980-2000), que presidiu e ajudou a fundar. Esse grupo circunscreveu as suas representações ao repertório musical e ao modo de vestir da área geográfica da aldeia. A rejeição das coreografias, a centralidade dada à voz e às competências femininas do cantar a vozes (polifonias em movimento paralelo), o modo de vestir dos seus elementos, e uma performance centrada na veiculação das ideias de autenticidade e antiguidade, foram elementos que operaram diferenças significativas no campo social da  folclorização.  Desde os primeiros anos da sua fundação que o grupo, e a voz de Isabel Silvestre em particular, conquistaram palcos e públicos diversificados. Mário Martins, produtor da editora EMI-Valentim de Carvalho, foi o responsável pelo contrato de exclusividade do grupo e da sua solista com essa empresa multinacional e pela edição de discos que acumularam êxitos de vendas: em 1982, o LP Cantares da Beira; em 1984, o L P Aboio; em 1985 o L P Cânticos Religiosos; em 1991 o L P Vozes da Terra e a reedição em C D de Cantares da Beira. Nesta transposição de práticas performativas do quotidiano rural para os palcos e a indústria do disco, ocorreram inevitáveis transformações.

As qualidades vocais e expressivas de Isabel Silvestre despertaram, desde as primeiras actuações do Grupo, a atenção dos media e da indústria do espectáculo e discográfica. No seio da sua família, assim como outras mulheres em Manhouce, fora instruída pela sua mãe e tias para ter uma “rica fala” e, assim, reunir mais um atributo reconhecido na aldeia como dote feminino. Possuidora de  uma voz plástica (capaz de diferentes nuances tímbricas) e invulgarmente expressiva (levando frequentemente o público a estados de forte comoção), conquistou públicos e a imprensa. Foi este conjunto de características e representações que determinou a abertura da sua carreira a novas abordagens musicais. Depois de oito anos a representar em palco práticas musicais que ganharam sentido (e foram valorizadas) na sua circunscrição à ruralidade, para um público português (residente em Portugal ou no estrangeiro), Isabel Silvestre começou, a partir de 1988, a carreira a solo, integrando espectáculos e efectuando gravações dirigidos a novos e mais alargados públicos.

A primeira actuação fora do campo da folclorização deu-se em 1988, na cidade de Toronto, no Canadá e depois em Dusseldorf, na Alemanha, ao lado do músico português Rão Kyao.  Logo de seguida, foi convidada pela The Brazilian Cultural Foundation para, com Rão Kyao, o guitarrista António Chaiinho, a cantora brasileira Gal Costa, entre outros artistas, integrar um espectáculo no âmbito das comemorações dos descobrimentos portugueses, realizado no Lincoln Center, de Nova Iorque. Nestas apresentações, Isabel Silvestre vestiu o traje de Manhouce e cantou o repertório do Grupo Etnográfico de Cantares e Trajes de Manhouce. No ano seguinte, Isabel Silvestre gravou a faixa “Canto do Vouga”, uma composição de Rão Kyao sobre versos do poeta António Correia de Oliveira (natural de S. Pedro do Sul, sede do concelho que integra Manhouce), no fonograma Viagens da Minha Terra. Esta primeira  incursão fora do repertório “de Manhouce” fez-se timidamente, através de referentes à geografia de implantação da aldeia (quer na naturalidade do poeta, quer no tema "região do Vouga” representado na poesia). Mas foi em 1992, com a participação na faixa “Pronúncia do Norte” do disco do grupo de rock GNR, intitulado Rock in rio Douro, ao lado do cantor Rui Reininho, que Isabel Silvestre potenciou as representações rurais, agora de todo “o norte” (e não só “de Manhouce”), junto do público da pop/rock. O espectáculo realizado no estádio de Alvalade, reuniu 40 mil espectadores da pop/rock que aplaudiram intensamente Isabel Silvestre. Neste espectáculo, Isabel Silvestre transplanta para o contexto da pop/rock os ingredientes que definiam a sua performance no contexto do Grupo de Cantares de Manhouce, designadamente, o timbre vocal, o modo de cantar e o modo de vestir, apresentando-se coberta de ouro, com o traje negro de Manhouce. Em 1993, foi eleita “mulher do ano” pela revista de moda Marie Claire, devido ao seu percurso artístico ao longo do ano anterior, com particular destaque para o “inesperado e magnífico encontro” entre Isabel Silvestre e o grupo GNR[1]. No ano seguinte, colaborou no disco de homenagem ao cantutor António Variações juntamente com grupos e cantautores como os Mão Morta, Três Tristes Tigres, Resistência, Sitiados, Madredeus, Sérgio Godinho, Santos e Pecadores, Delfins, e Ritual Tejo. Dois anos depois, iniciou nova parceria, agora, com o compositor João Gil. Neste projecto, abandonou o traje “de Manhouce” e alargou o repertório incluindo no primeiro dos dois CD editados o hino nacional - A Portuguesa[2]. O abandono do traje de Manhouce fez-se pela substituição do vestido negro, modo de vestir que fora transformado numa convenção do fado, em finais dos anos 1950, por Amália Rodrigues (Nery 2004). A adopção deste modo de vestir característico das vozes femininas do fado correlaciona-se com o alargamento do repertório do universo rural ao urbano. Apesar do alargamento de registo, Isabel Silvestre continuava a veicular, em finais dos anos 1990, para os seus fãs e para os media, representações de uma suposta autenticidade exclusiva do feminino e do mundo rural.   

No percurso a solo de Isabel Silvestre observa-se uma tentativa de conciliação de elementos rurais e urbanos, uma certa hibridização entre a voz (com vozes em 3ªs e 5ªs paralelas sobrepostas em estúdio) e repertórios, que evocam a ruralidade e o passado, por um lado, e as composições ou arranjos, os instrumentos, músicos e estilos musicais que contrapõem o tempo contemporâneo e o contexto urbano, por outro. Neste projecto, o mundo rural imaginado como autêntico e intemporal, já não foi o único referente mas continuou a servir de cenário ao universo onírico que se criou em palco, assegurando o valor estético das performances.

 

[1] Correspondente (1993) “Manhouce Isabel Silvestre entre as mulheres do ano 1992” Gazeta da Beira. Nº 189: p. 10.

[2] O segundo CD, intitulado Eu, com arranjos de Mário Barrela Delgado, surgiu dois anos depois e contou com diferentes faixas, desde a conhecida canção “Asa Branca” do brasileiro Luís Gonzaga, a canções de cantautores com estilos tão diferentes como José Afonso ou António Variações, a canções popularizadas no santuário de Fátima, uma canção do repertório do Grupo Etnográfico de Cantares e Trajes de Manhouce, ou o hino nacional português.

Isilda Barreiro

Vouzela

1964

João Pessoa

Olhão

João Pessoa

Olhão

1971

João Pessoa (n. Moçambique, 1971). Iniciou atividade como construtor de cordofones em 1993, tendo passado a responder a encomendas de clientes a partir de 1999.

 

Fonte: Resposta ao questionário "Levantamento de dados sobre construtores de cordofones em atividade em Portugal" (2020), realizado no âmbito do projeto "EcoMusic - Práticas sustentáveis: um estudo sobre o pós-folclorismo em Portugal no século XXI" (POCI-01-0145-FEDER-031782).

Joaquina Enes

Arcos de Valdevez

Joaquina Enes nasceu na Vila do Soajo, no concelho de Arcos de Valdevez. Foi professora primaria, mas sempre esteve ligada aos campos agrícolas na vila. A cantadeira faz parte do grupo de Cantadeiras do Soajo. 

Jorge Bertholdo

Porto

Jorge Gomes

Coimbra

1941

Jorge Gomes (n. Coimbra, 1941) destaca-se enquanto intérprete e, sobretudo, como professor de guitarra portuguesa. A partir do final da década de 1960, dedicou-se ao ensino deste instrumento, inicialmente a título particular e, depois, em organismos como o Centro de Apoio à Juventude, a Associação Cristã da Mocidade (1974), a Escola do Chiado (1979-1981) e a Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra (desde 1982), tendo colaborado também com a Tuna Académica da Universidade de Coimbra e com vários grupos folclóricos do concelho de Coimbra. Entre 1963 e 1967 foi mobilizado para a Guerra Colonial. De regresso a Coimbra, conciliou a frequência do curso de História na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra com um trabalho numa agência de viagens que funcionava nas instalações do posto de turismo de Coimbra. Nesta circunstância, conviveu com músicos e dirigentes dos agrupamentos folclóricos, com os quais trocou impressões sobre os repertórios por eles praticados e os instrumentos que constituíam as suas tocatas.

 

Fonte: Entrevista a Jorge Gomes (2020, 21 de janeiro, Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra).

José Agostinho Serpa

Lajes das Flores

José Agostinho Serpa

Lajes das Flores

1963

José Agostinho Serpa (n. Aldeia da Costa, Lages das Flores, Açores, 1963). Dedica-se à construção de instrumentos musicais desde 2001. Em 2010 passou a construir para responder a encomendas de clientes. Aprendeu a construir como autodidata, apoiando-se no contacto com construtores mais velhos, dos quais destacou Augusto Lobão e José Freitas. Utiliza maioritariamente madeiras de origem Açoriana. A oficina de José Agostinho Serpa possui o certificado "Marca Açores - Certificado pela Natureza", atribuído pelo Governo Regional.

 

Fonte: Resposta ao questionário "Levantamento de dados sobre construtores de cordofones em atividade em Portugal" (2020), realizado no âmbito do projeto "EcoMusic - Práticas sustentáveis: um estudo sobre o pós-folclorismo em Portugal no século XXI" (POCI-01-0145-FEDER-031782).

José Alberto Domingues Pereira

Santa Maria da Feira

José Alberto Domingues Pereira

José António Cardoso

Beja

José António Cardoso

Beja

1961

José António Cardoso (n. 1961, Ribeira de Pena). Dedica-se à construção de instrumentos de cordas desde 2010. Passou a responder a encomendas de clientes a partir de 2012.

 

Fonte: Resposta ao questionário "Levantamento de dados sobre construtores de cordofones em atividade em Portugal" (2020), realizado no âmbito do projeto "EcoMusic - Práticas sustentáveis: um estudo sobre o pós-folclorismo em Portugal no século XXI" (POCI-01-0145-FEDER-031782).

José Manuel de Sousa Pina

Alenquer

1958

José Manuel de Sousa Pina (n. Lisboa, 1958). Trabalhou enquanto técnico de manutenção de aeronaves. Iniciou-se na construção de instrumentos musicais em 2015, passando a responder a encomendas de clientes dois anos depois. Iniciou o seu processo de aprendizagem neste domínio como autodidata, beneficiando do contacto com construtores como Domingos Machado, Alfredo Machado, Luís Eusébio e Manuel Pinto Carvalho. Define-se como "músico amador" e dedica-se a cordofones como o cavaquinho, o bandolim, a viola da terra e o violão.

 

Fonte: Resposta ao questionário "Levantamento de dados sobre construtores de cordofones em atividade em Portugal" (2020), realizado no âmbito do projeto "EcoMusic - Práticas sustentáveis: um estudo sobre o pós-folclorismo em Portugal no século XXI" (POCI-01-0145-FEDER-031782).

José Manuel Rocha Amorim

José Pedro Araújo da Silva

Amares

José Pedro Araújo da Silva

José Pereira Costa

Viseu

José Pereira Costa

Viseu

1972

José Pereira Costa (n. Coimbra, 24 jul. 1972). Dedica-se à construção de cordofones desde 2013. Aprendeu a construir instrumentos musicais com Fernando Meireles.

 

Fonte: Resposta ao questionário "Levantamento de dados sobre construtores de cordofones em atividade em Portugal" (2020), realizado no âmbito do projeto "EcoMusic - Práticas sustentáveis: um estudo sobre o pós-folclorismo em Portugal no século XXI" (POCI-01-0145-FEDER-031782).

Josefina Fernanda Bouça

Viana do Castelo

1955

Josefina Fernanda Bouças, tem 64 anos e é natural de Vila de Punhe, actualmente é cantadeiras, orientadora/ensaiadora do grupo de Cantadeiras do Vale do Neiva. Foi professora do 1º ciclo e desde muito cedo começou a cantar quando acompanhava a mãe e as tias no coro da Igreja. Teve como maestro o professor Cândido Lima, também seu tio. Cantou na igreja no "grupo das cantoras", num grupo de jovens e mais tarde, no grupo coral polifónico das Neves, onde esteve durante 26 anos até se juntar às Cantadeiras do Vale do Neiva.

Judite Rodrigues Martins

Oliveira de Frades

Judite Rodrigues Martins, natural de Bispeira e membro do Grupo de Cantares do Rancho Folclórico de São João da Serra, foi agricultora, depois auxiliar de ação educativa e agora está reformada.

Júlia Moreira

Póvoa de Varzim

Julita Capelo

Braga

1953

Julita Capelo canta o baixão no grupo folclórico da Universidade do Minho. Foi professora de Ciências Fisico-Quimica.

Kai Dase

Lisboa

1971

Kai Dase (n. Alemanha, 1971). Dedica-se à construção e restauro de instrumentos de corda friccionada. Iniciou-se nesta atividade em 1994. Frequentou uma escola de lutheria em Newark, Inglaterra. No que respeita ao seu processo de formação, destaca o contacto com Roy Courtnall, Robert Payne e Kerry Boylan. Trabalha atualmente na sua oficina em Lisboa, que partilha com Catarina Torres.

 

Fonte: Resposta ao questionário "Levantamento de dados sobre construtores de cordofones em atividade em Portugal" (2020), realizado no âmbito do projeto "EcoMusic - Práticas sustentáveis: um estudo sobre o pós-folclorismo em Portugal no século XXI" (POCI-01-0145-FEDER-031782).

Laura Fernandes Santos Ribeiro

Oliveira de Frades

1934

Laura Fernandes Santos Ribeiro (n. 1934), membro do Grupo de Cantares do Rancho Folclórico de São João da Serra, é doméstica de profissão.

Laurentina Pereira Peralta

Arouca

1949

Laurentina Pereira Peralta, nasceu a 12 de dezembro de 1949, trabalhou sempre nos campos agrícolas da freguesia de Cabreiros. Atualmente é cantadeira do grupo de mulheres de Cabreiros e faz a voz "alto". 

Laurinda Barreiros

Arouca

1940

Laurinda Barreiros, nasceu a 1940 na freguesia de Cabreiros, no concelho de Arouca. É cantadeira do grupo de mulheres de Cabreiros e uma das mais velhas do grupo. Laurinda faz a voz "alto" no grupo. 

Leonardo Afonso

Funchal

Leonardo Afonso

Funchal

1990

Leonardo Afonso (n. Funchal, 1990). Dedica-se à construção de cordofones desde 2018. Decidiu iniciar-se nesta atividade "por estar a aprender bandolim no conservatório". O seu professor de bandolim, Norberto Cruz, incentivou-o a enveredar por esta atividade, uma vez que "a região precisava de alguém especializado nesta família de instrumentos". No que respeita ao seu processo de aprendizagem, destacou o contacto com construtores como Carlos Jorge Pereira Rodrigues (Funchal), Eduardo Loio (Coimbra) e Pavel Gavryushov (Granada, Espanha). Paralelamente à sua atividade como construtor de instrumentos musicais, toca baixo numa banda 'pop' e tamborim numa escola de samba.

 

Fonte: Resposta ao questionário "Levantamento de dados sobre construtores de cordofones em atividade em Portugal" (2020), realizado no âmbito do projeto "EcoMusic - Práticas sustentáveis: um estudo sobre o pós-folclorismo em Portugal no século XXI" (POCI-01-0145-FEDER-031782).

Lucinda Rodrigues

Vouzela

1959

Lucinda Rodrigues, é cantadeira do grupo Associção "Os Amigos de Levides" e nasceu a 1959 na freguesia de Cambra, no lugar de Levides. É a única cantadeira a fazer a voz "alto. 

Luís Eusébio

Óbidos

Luís Eusébio

Óbidos

1969

Luís Eusébio (n. Óbidos, 1969). Dedica-se à construção de instrumentos musicais desde 2009. Iniciou-se nesta atividade como autodidata, complementando a sua aprendizagem por meio de contactos com outros construtores, dos quais destacou Orlando Trindade. Paralelamente à sua atividade como construtor, atua como tocador de gaita de foles em feiras medievais. Em 2019 construiu instrumentos para músicos como Marco Vieira (viola campaniça) e Sylvie (cavaquinho).

 

Fonte: Resposta ao questionário "Levantamento de dados sobre construtores de cordofones em atividade em Portugal" (2020), realizado no âmbito do projeto de investigação "EcoMusic - Práticas sustentáveis: um estudo sobre o pós-folclorismo em Portugal no século XXI" (POCI-01-0145-FEDER-031782).

Luís Filipe Roxo Ferreira

1940

Luís Filipe Roxo Ferreira (n. São Martinho da Cortiça, Arganil, 29 abr. 1940; m. Santarém, 9 jan. 2015) foi professor do ensino preparatório e professor de guitarra clássica. Frequentou o Conservatório Nacional de Lisboa, onde estudou com os professores Emílio Pujol (guitarra hispânica) e Cecília Borba (harpa). Lecionou na escola de guitarra clássica de Duarte Costa e no Conservatório Regional de Coimbra. Como instrumentista, integrou o Quarteto de Guitarras de Coimbra e o Grupo "Raízes de Coimbra" (Nunes, blog Guitarra de Coimbra V, 9 de janeiro de 2015). Entre o final dos anos 1970 e o início da década seguinte dedicou-se à construção de cordofones (Nunes [em preparação], 187), numa dependência da sua casa, situada no Bairro Norton de Matos, em Coimbra.

 

Referências:

Nunes, António Manuel. [em preparação]. Coimbra, epicentro da viola toeira. As vidas de um cordofone. Coimbra: Fado ao Centro/ Fundação INATEL.

Nunes, António Manuel. 2015. "Luís Filipe Roxo (1940 - 2015)". Guitarra de Coimbra V. Disponível em http://guitarradecoimbra4.blogspot.com/2015/01/luis-filipe-roxo.html [consulta: janeiro de 2021].

Lurdes Colaço

São Pedro do Sul

Lurdes Colaço é cantadeira do grupo de Cantares de Pindelo dos Milagres. 

Manuel Miranda

Amarante

Manuel Miranda

Amarante

1955

Manuel Miranda (n. Aboadela, Amarante, 9 jun. 1955). Iniciou-se na construção de instrumentos musicais "por hobby". Considera que esta ocupação constitui "um constante desafio", que permite testar as suas capacidades. Dedica-se à construção de violinos e rabecas chuleiras desde cerca de 2010. Passou a construir para responder a encomendas de clientes em 2013. Os seus trabalhos são sobretudo solicitados por grupos e associações musicais, como a Orquestra de Cordofones Tradicionais de Braga, a Associação Pé de Chumbo e a Associação Filhos da Pauta. Está integrado em vários projetos musicais, nomeadamente o grupo de musica tradicional Propagode, a Tuna de Ansiães, o Rancho Folclórico de Riba Tâmega e o grupo Amigos da Viola Amarantina. Nestes grupos, toca violino e rabeca chuleira. Juntamente com outros colegas, encetou recentemente "uma tentativa para recriar a extinta chula de Carvalho de Rei, grupo muito conhecido e apreciado" no concelho de Amarante.

 

Fonte: Resposta ao questionário "Levantamento de dados sobre construtores de cordofones em atividade em Portugal" (2020), realizado no âmbito do projeto "EcoMusic - Práticas sustentáveis: um estudo sobre o pós-folclorismo em Portugal no século XXI" (POCI-01-0145-FEDER-031782).

Manuel Ribeiro

Cantanhede

Manuel Ribeiro

Margarida Pinheiro

Coimbra

Margarida Pinheiro faz parte do grupo "Segue-me à Capela".

Maria Amélia Tavares Martins

Oliveira de Frades

1944

Maria Amélia Tavares Martins (n. 1944), natural de São João da Serra e membro do Grupo de Cantares do Rancho Folclórico de São João da Serra, teve como profissões doméstica e tecedeira.

Maria Angelina Augusta

Vouzela

1938

Maria Angelina Augusta, nasceu a 1938, na freguesia de Cambra, no lugar de Levides, no concelho de Vouzela. É cantadeira do grupo de cantares da Associação "Amigos de Levides" e faz a voz de "descante".

Maria Antonieta Novais da Cruz

Póvoa de Varzim

Maria Benilde Rodrigues Quental

Oliveira de Frades

1965

Maria Benilde Rodrigues Quental (n. 1965), natural de Bispeira e membro do Grupo de Cantares do Rancho Folclórico de São João da Serra, é doméstica.

Maria Celeste Costa Pereira

Vila Nova de Famalicão

1950

Maria Celeste Costa Pereira trabalhou numa fábrica téxtil, numa lavandaria e foi dona de um café, hoje é cantadeira no grupo etnográfico Rusga de Joane. 

Maria Conceição Azevedo

Vila Nova de Famalicão

1055

Maria de Fátima Catarino

Póvoa de Varzim

Maria de Fátima Miranda Gomes

Póvoa de Varzim

Maria de Fátima Prazeres

Vieira do Minho

Maria de Fátima Prazeres é cantadeira do grupo Rancho Folclórico "Os Ceifeiros de Cantelães".

Maria de Fátima Santos Corga

São Pedro do Sul

1958

Filha e irmã das cantadeiras  Maria Tavares dos Santos e Carminda dos Santos Corga. 

Agricultora, lembra a plantação da floresta, nos anos 1975, como sendo o último contexto de trabalho em que cantou as modas locais com outras mulheres.

Maria de Lurdes da Oliveira da Costa

Vila Nova de Famalicão

1943

Maria de Lurdes da Oliveira da Costa trabalhou sempre numa fábrica de téxtil, hoje é cantadeira no grupo etnografico Rusga de Joane.

Maria de Lurdes da Silva Machado

Vila Nova de Famalicão

1955

Maria de Lurdes da Silva Machado trabalhou numa fábrica téxtil e hoje é cantadeira no grupo etnográfico Rusga de Joane. 

Maria Fernanda Almeida Amaral

Vouzela

1952

Maria Fernanda Almeida, nasceu a 1952, na freguesia de Cambra, concelho de Vouzela. É cantadeira do grupo de Cantares da Associação APAVE. 

Maria Fernandes Domingues

Arcos de Valdevez

Maria Fernandes Domingues nasceu na Vila de Soajo, no concelho de Arcos de Valdevez e foi lavradeira durante a sua adolescência. Depois de casar, emigrou para os Estados Unidos com o marido para a cidade de Boston, onde formou um rancho foclórico. Quando regressou a cantadeira juntou-se ao grupo de cantadeiras do Soajo. 

Maria Isabel Pereira Moita

Vouzela

1971

Maria Isabel Pereira Moita (n. 1971), natural de Carvalhal de Vermilhas, é Professora do 3º ciclo e um dos elementos do Grupo de Cantares de Carvalhal de Vermilhas. A sua mãe, Helena de Jesus Pereira Tojal, também é membro deste Grupo. 

Maria João Pinheiro

Maria João Pinheiro é médica e cantar no grupo Segue-me à Capela-

Maria José Fernandes (Cantelães)

Vieira do Minho

Maria José Fernandes faz parte do grupo de Cantadeiras do Rancho Folclórico "Ceifeitos de Cantelães" 

Maria José Fernandes Cantelães

Vieira do Minho

Maria José Fernandes, cantadeira do Rancho Folclórico "Os Ceifeiros de Cantelães".

Maria Lúcia Oliveira Mendes

Vila Nova de Famalicão

1950

Maria Lúcia Oliveira Mendes, nasceu a Junho de 1950 e foi trabalhadora numa fábrica téxtil. Hoje pertence ao grupo etnográfico Rusga de Joane. 

Maria Moreira

Arcos de Valdevez

Maria Moreia é uma das cantadeiras do rancho folclórico de Vilarinho das Quartas.

Maria Tavares dos Santos

São Pedro do Sul

Maria Tavares dos Santos, natural de Gestosinho e residente em Bondança desde os 17 anos, é mais das cantadeiras Carminda dos Santos Corga e Maria de Fátima Santos Corga. Agricultora, reside em Bondança.

Mariana Marinho

Marília Ferreira

Vouzela

1968

Mário Estanislau

Mário Estanislau

Torres Vedras

Marta Matos

Vila Nova de Famalicão

Marta Matos é contabilista de profissão e cantadeira no grupo Etnográfico Rusga de Joane. 

Miquelina Gomes

São Pedro do Sul

1950

Cantadeira de Bondança, canta a voz ‘de cima’ ou ‘riba’ mas “tanto botava o riba, como o raso, como por baixo”. Sustenta que as oportunidades de cantar a três vozes surgiam nos ‘ajuntamentos’, referindo como exemplo as ‘tiradas’, as ceifas e o trabalho de plantação da floresta e em casa a fazer ‘tiras’ para as mantas e nas ‘esgadelhadas’. Antes de começar um ‘cantedo’ combinava com as restantes mulheres a voz que cada uma iria fazer.

Nelson Silva

Matosinhos

Nelson Silva

Matosinhos

1971

Nelson Silva (n. Porto, 17 fev. 1971). Dedica-se à construção de bandolins e bandolas desde 2014. Iniciou-se nesta atividade como autodidata. Destaca, contudo, os contactos que mantém com os construtores José Gonçalves (Braga) e Orlando Trindade (Caldas da Rainha), com os quais partilha experiências e tira dúvidas. Paralelamente à sua atividade como construtor de instrumentos, atua como professor de bandolim.

 

Fonte: Resposta ao questionário "Levantamento de dados sobre construtores de cordofones em atividade em Portugal" (2020), realizado no âmbito do projeto "EcoMusic - Práticas sustentáveis: um estudo sobre o pós-folclorismo em Portugal no século XXI" (POCI-01-0145-FEDER-031782).

 

Nuno Cristo

Nuno Cristo

Orlando Tómé Trindade

Orlando Tómé Trindade

Caldas da Rainha

Orlando Trindade

Caldas da Rainha

1973

Orlando Trindade (n. Caldas da Rainha, 25 out. 1973). Dedica-se à construção de instrumentos musicais desde 1998. Iniciou a sua aprendizagem neste domínio como autodidata, tendo posteriormente realizado cursos e estágios com diversos construtores e investigadores, dos quais destacou o "mestre" Fernando Meireles, de quem foi assistente nos anos de 2004 e 2005. Trabalhou também com Pedro Caldeira Cabral e Anna Radice (Itália).

Interessa-se sobretudo pela reconstituição e restauro de instrumentos históricos (antigos, medievais, renascentistas e barrocos). Colabora com o gabinete técnico do Museu Nacional da Música, de cujo acervo já restaurou vários instrumentos históricos. Paralelamente à sua atividade como construtor, toca instrumentos antigos de corda dedilhada e de percussão. 

Em 2019 construiu instrumentos para músicos como Pedro Mestre (violas campaniças) e Paulo Bastos (cavaquinho urbano). Em colaboração com Pedro Caldeira Cabral, construiu uma viola renascentista descante.

 

Fonte: Resposta ao questionário "Levantamento de dados sobre construtores de cordofones em atividade em Portugal" (2020), realizado no âmbito do projeto "EcoMusic - Práticas sustentáveis: um estudo sobre o pós-folclorismo em Portugal no século XXI" (POCI-01-0145-FEDER-031782).

Otília Duarte

São Pedro do Sul

Otília Duarte faz parte do grupo informal de cantadeiras de Valadares. 

Otília Loureiro

São Pedro do Sul

Otília Loureiro faz parte do grupo de mulheres de Cabreiros. 

Otília Rodrigues Martins

Oliveira de Frades

1944

Otília Rodrigues Martins (n. 1944), natural de Bispeira e membro do Grupo de Cantares do Rancho Folclórico de São João da Serra, foi agricultora de profissão, mas sempre fez de tudo um pouco.

Patrícia Teixeira

Lisboa

1997

Patrícia Teixeira, nasceu em 1997, é de Lisboa e frequenta o mestrado em Bioquímica na Universidade do Porto. Atualmente, faz parte do coro das Maçadeiras do Orfeão do Porto. 

Paula Silva

Porto

Paula Silva é socióloga e faz parte do grupo de cantadeiras do NEFUP.

Perpétua Maria Afonso Fidalgo

Arcos de Valdevez

Perpétua Maria Fidalgo nasceu na Vila do Soajo, no concelho de Arcos de Valdevez. Foi lavradeira, mas cedo emigrou para França, onde viveu e trabalhou durante 39 anos. Atualmente vive na Vila de Soajo e faz parte do grupo de Cantadeiras do Soajo. 

Raúl Simões

Coimbra

1891

Raúl Simões (n. Coimbra, 8 jul. 1891; m. Lisboa, 4 nov. 1981). Iniciou a sua atividade profissional em 1901, como marceneiro. A partir de 1919, passou a dedicar-se à construção e reparação de cordofones, numa oficina situada nas proximidades da sua habitação, no Bairro de Santana, em Coimbra. Destacou-se também como tocador de cavaquinho, violão, guitarra e viola toeira. Devem-se a Raúl Simões os poucos registos sonoros do toque da viola toeira que chegaram aos nossos dias. Em 1965, este músico e construtor foi gravado por Ernesto Veiga de Oliveira, no âmbito do levantamento de instrumentos musicais portugueses patrocinado pelo Serviço de Música da Fundação Calouste Gulbenkian. Raúl Simões participou também numa gravação coordenada por Armando Leça, que viria a ser divulgada num disco com a etiqueta Alvorada, da Rádio Triunfo, em 1959 (MEP 60.133). O nome de Raúl Simões ficou inscrito nas memórias da cidade como o "último construtor e tocador da viola toeira". Referências:

Nunes, António Manuel. [em preparação]. Coimbra, epicentro da viola toeira. As vidas de um cordofone. Coimbra: Fado ao Centro/ Fundação INATEL.

Oliveira, Ernesto Veiga de. 1966. Instrumentos Musicais Populares Portugueses. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Simões, Armando. 1974. A Guitarra Portuguesa - bosquejo histórico. Évora: Tipografia Eborauto, Lda.

"Raúl Simões - o último tocador de viola toeira" in Diário de Coimbra, de 22 de abril de 2004, 7; Página no Facebook "Raúl Simões", disponível em https://www.facebook.com/simoesraul [consulta: janeiro de 2021].

Renato Silva

Amarante

Renato Silva é construtor de bombos e caixas. É diretor e tocador do Grupo de Bombos Regional de São Simão Os Completos.

Ricardo Carneiro

Vila Nova de Famalicão

Ricardo Carneiro é produtor cultural no Município de Vila Nova de Famalicão e director artístico do grupo Etnográfico Rusga de Joane. 

Rosa Alberto da Silva Gonçalves

Vila Nova de Famalicão

1960

Rosa Alberto da Silva Gonçalves trabalhou numa fábrica téxtil e hoje é cantadeira no grupo etnográfico Rusga de Joane.

Rosa Gomes da Silva

Póvoa de Varzim

Rosalina de Jesus

Arouca

1942

Rosalina de Jesus, nasceu a 1942, na freguesia de Cabreiros, no concelho de Arouca. A cantadeira pertence ao grupo de mulheres de Cabreiros e faz a voz "alto".

Rúben Coelho

Arcos de Valdevez

Rúben Coelho faz parte do rancho folclórico de Vilarinho das Quartas e é um dos responsáveis pelos ensaios do grupo.

Rui Luís Pinto

Rui Luís Pinto

Coimbra

Rui Silva

Rui Silva

Chaves

Sandra Costa

São Pedro do Sul

Sandra Costa é uma das solistas do grupo feminino Vozes de Manhouce. Aprendeu a cantar a vozes em contexto familiar e com António Lourenço da Silva, o ensaiador do Grupo Etnográfico de Cantares e Trajes de Manhouce, do qual também foi solista. Agricultora, é uma das principais ativistas pela salvaguarda das tradições musicais locais.  

Silvana Almeida Dias

Susana Costa Alves

São Pedro do Sul

Telmo Valezim

Covilhã

Telmo Valezim é tocador e construtor de bombos e caixas na freguesia do Paul, concelho da Covilhã.

Thibaut Dumas